Por volta das 20h45 desta quinta-feira (22h45 em Brasília), pelo menos dois franco-atiradores mataram quatro policiais e feriram outros sete durante protesto contra os assassinatos de dois afro-americanos por agentes, em Dallas (EUA). As autoridades chegaram a isolar o centro da cidade, em meio a rumores de que bombas teriam sido plantadas na região. À 1h45 desta sexta-feira, a rede de TV CNN confirmou que um suspeito - cuja foto circulou nas redes sociais - tinha se entregado à polícia, enquanto outro havia sido preso. Testemunhas contaram que os tiros foram disparados de forma sucessiva.
"Todo o mundo estava gritando, as pessoas corriam. Eu devo ter escutado pelo menos uns 30 disparos", relatou Claryssa Myles à KTVT, afiliada da CNN em Dallas. "Quem quer que estivesse atirando usou um fuzil de assalto. Eu conheço armas. Os tiros foram em rápida sucessão", garantiu outra testemunha.
O atentado em Dallas ocorreu horas depois de um discurso emotivo do presidente Barack Obama sobre a tensão racial nos Estados Unidos. "Isso não é um assunto de negros. Não é um assunto somente de hispânicos. Isso é um assunto americano, com o qual todos nós deveríamos nos importar. Todas as pessoas de mente justa deveriam se preocupar com isso. É dever de todos nós dizer que podemos fazer melhor do que isso. Somos melhores do que isso", declarou.
Na terça-feira, Alton Sterling foi morto durante uma abordagem em Baton Rouge, no estado de Louisiana, enquanto vendia CDs piratas. Na quarta-feira, em Minnesota, a quase 2 mil quilômetros dali, Diamond Reynolds filmou o namorado, Philando Castile, agonizando após ser baleado cinco vezes por policiais que o abordaram por trafegar com a lanterna traseira do carro danificada. O vídeo de Reynolds teve milhões de visualizações.
Uma testemunha viu toda a cena e registrou em vídeo. Alisson Griz publicou em seu perfil pessoal do Twitter a gravação. Veja o vídeo