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Europa recebeu 1,4 milhão de pedidos de proteção internacional em 2015

Os sírios estão entre os que mais solicitaram proteção, com 383.710 pedidos

postado em 08/07/2016 12:46
Nunca tantos migrantes pediram proteção internacional na Europa. Em 2015, foram apresentados quase 1,4 milhão de pedidos na UE%2b (União Europeia, Noruega e Suíça), o que representa um aumento de 110% em relação a 2014. Menos da metade dos requerentes obtiveram respostas positivas. Os dados foram divulgados hoje (8) no Relatório Anual sobre a Situação do Asilo na União Europeia em 2015, elaborado pelo Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo (EASO).

Os sírios estão entre os que mais solicitaram proteção, com 383.710 pedidos ; três vezes mais que no ano anterior. Em seguida vêm os cidadãos dos Balcãs (Albânia, Bósnia, Macedônia e Kosovo), com 201.405 pedidos. E em terceiro lugar está o Afeganistão, com 197.170 solicitações ; aumento de 359% em relação ao ano anterior ;, das quais 25% para menores desacompanhados.

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Os países que receberam mais pedidos foram Alemanha, Hungria, Suécia, Áustria e Itália. No final de 2015, o número de pessoas que aguardava decisão sobre seu pedido de proteção internacional ultrapassou a marca de um milhão, tendo o volume de solicitações pendentes mais do que duplicado em relação ao ano anterior.

[SAIBAMAIS]Destes, cerca de 240 mil receberam status de refugiado, 60 mil proteção subsidiária e 27 mil proteção humanitária. Foram registrados mais de 180 mil pedidos de menores desacompanhados.

Programa
Em 2015, devido a crise migratória, a União Europeia criou um programa de recolocação de migrantes e refugiados, destinado a apoiar os Estados-Membros que se encontravam na linha de frente (Itália e Grécia) e enfrentam uma pressão maior que outros.

Através deste programa, a UE se comprometeu a recolocar, nos próximos dois anos, 160 mil requerentes provenientes da Grécia e da Itália, mas o plano não avançou. Até agora, os países membros receberam apenas 2.030 migrantes. No âmbito deste acordo, Portugal acolhe atualmente 335 refugiados e é o segundo país mais participativo, ultrapassado apenas pela França.

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