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Colisão de trens deixa ao menos vinte pessoas mortas Itália

A tragédia foi provocada por uma colisão frontal entre dois trens formados por quatro vagões cada, que transitavam pela mesma linha

Agência France-Presse
postado em 12/07/2016 09:19
A tragédia foi provocada por uma colisão frontal entre dois trens formados por quatro vagões cada, que transitavam pela mesma linhaA colisão frontal de dois trens no sul da Itália provocou a morte de ao menos 20 pessoas e deixou dezenas de feridos, em uma das tragédias mais graves já registradas na região de Puglia. "Ao menos 20 mortos e 35 feridos, entre eles vários em estado grave e crianças", indicou o diretor da ASL de Bari, na região de Puglia, encarregada de administrar os hospitais da região.

O primeiro balanço era de 12 mortos. O número de vítimas fatais pode crescer, já que os socorristas seguem trabalhando para retirar os feridos presos entre os ferros retorcidos. O ministro dos Transportes, Graziano Delrio, que chegou ao local do acidente, não quis fornecer um balanço da tragédia. "Foi um acidente de proporções enormes. Uma colisão muito violenta", afirmou.

Cerca de 200 socorristas, entre bombeiros, policiais e agentes da defesa civil trabalham há horas sob um calor de 40 graus para retirar os feridos presos entre as ferragens. O acidente ocorreu às 11h30 locais (06h30 de Brasília) entre Andria e Corato, em uma zona rural, entre um campo de oliveiras, localizado ao norte de Bari.

Dezenas de ambulâncias, policiais e bombeiros estão no local do acidente, segundo as imagens divulgadas pela televisão. As causas do acidente não foram divulgadas, em uma região onde muitas pessoas se deslocam de trem, e não se exclui um erro humano.

O primeiro-ministro, Matteo Renzi, prometeu investigar as razões da tragédia e viajará ainda nesta terça-feira à região. "Não vamos parar até que tudo tenha sido esclarecido. Agora é o momento de lágrimas e de recuperar em primeiro lugar as vítimas e os feridos", acrescentou. A colisão foi frontal entre os dois trens formados cada um por quatro vagões, que transitavam em direção oposta pela mesma linha.


Uma cena apocalíptica
A jornalista italiana Lucia Oliveri, uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente, contou ao canal de notícias RaiNews24 que viu "uma cena apocalíptica, me deu vontade de vomitar", confessou. "São trens onde todos viajam, todos os dias. Jamais havia ocorrido algo tão impressionante", disse.

A repórter disse que nesta linha, administrada pela Ferrotramviaria, uma companhia privada, costumam viajar muitos estudantes da Universidade de Bari, que vivem em localidades próximas e que nestes dias realizam provas semestrais. Três helicópteros ajudam o corpo de bombeiros e as equipes de emergência para tentar salvar os feridos. Um menino foi retirado vivo dos escombros e transportado imediatamente de helicóptero ao hospital de Andria.

Muitas pessoas, em particular familiares das vítimas, chegaram ao local do acidente, de difícil acesso, já que se encontra em pleno campo, em meio a oliveiras. As autoridades locais criaram uma unidade de crise para informar aos familiares. O prefeito de Corato, Massimo Mazzilli, lamentou no Facebook o desastre e escreveu que é "como se um avião tivesse caído". As imagens aéreas divulgadas pelos bombeiros mostram claramente a colisão com os vagões da frente totalmente destruídos e destroços ao redor.

Apenas o último vagão de um dos trens e os dois últimos do outro trem ficaram intactos. "É uma tragédia terrível", comentou à SkyTg24 o comandante da polícia urbana de Andria, Riccardo Zingaro, que participa das operações de socorro. Nos últimos anos a Itália não havia registrado acidentes tão graves. Em julho de 2013 um ônibus saiu da estrada perto de Nápoles provocando a morte de 38 pessoas que estavam a bordo.

O último acidente de trem ocorreu em 24 de novembro de 2012, quando um trem regional em Calabria (sul) se chocou contra um veículo que transportava trabalhadores romenos, matando seis pessoas. Há dois anos, o descarrilamento de um trem de passageiros após um deslizamento de terra na região de Merano (norte) deixou nove mortos e 28 feridos.

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