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Pequim afirma ter direito zona de defesa aérea no Mar da China Meridional

A declaração do governo foi feita um dia depois da decisão da Corte Permanente de Arbitragem (CPA) de Haia de que Pequim "violou os direitos soberanos das Filipinas em sua zona econômica exclusiva" de 200 milhas náuticas

Agência France-Presse
postado em 13/07/2016 09:40
Pequim, China - A China tem direito a instaurar uma "Zona de Identificação de Defesa Aérea" (ADIZ) no Mar da China Meridional, afirmou nesta quarta-feira (13/7) o vice-ministro chinês das Relações Exteriores, Liu Zhenmin. "A eventual necessidade de estabelecer uma no Mar da China Meridional depende do nível de ameaça que sofremos", afirmou Liu em Pequim.

A declaração do governo foi feita um dia depois da decisão da Corte Permanente de Arbitragem (CPA) de Haia de que Pequim "violou os direitos soberanos das Filipinas em sua zona econômica exclusiva" de 200 milhas náuticas, ao "interferir em sua exploração da pesca e do petróleo com a construção de ilhas artificiais".

A sentença da CPA é "um papel que serve apenas para se jogado no lixo", disse Liu Zhenmin ao comentar a decisão contrária a China. Pequim boicotou a audiência da CPA, alegando que o tribunal não tinha competência na questão.



A decisão é "ineficaz e injusta. É utilizada para negar os direitos e os interesses da China", completou Liu, que questionou a neutralidade da corte, integrada por cinco pessoas baseadas na Europa, pouco representativas dos países envolvidos no tema.

Liu Zhenmin criticou ainda o juiz japonês que designou quatro dos cinco árbitros, Shunji Yanai, a quem acusou de ter vínculos com a ala nacionalista nipônica. China e Japão tem uma divergência marítima pela soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku, no Mar da China Oriental.

Os outros países "não devem fazer com que o Mar da China se transforme em fermento de guerra", advertiu Liu, ao responder uma pergunta sobre um eventual reforço da presença militar chinesa na região. "Voltar à mesa de negociações é o único meio para reduzir as divergências e solucionar as diferenças", completou Liu Zhenmin.

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