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Buscas por vítimas de acidente de trem na Itália ainda continuam

Apesar de as autoridades italianas terem divulgado que 27 pessoas haviam morrido no acidente, até o momento apenas 23 foram achadas e levadas ao Hospital Policlínico de Bari, das quais 18 foram reconhecidas



Inquérito

A investigação sobre as causas do desastre ainda está em curso, mas é cada vez mais forte a hipótese de erro humano. O acidente ocorreu na linha entre as cidades de Andria e Corato, em um trecho de binário único, ou seja, com apenas um trilho para ambos os sentidos.

Os trens se chocaram de frente na saída de uma curva e acredita-se que os maquinistas nem tiveram tempo de frear. As composições eram formadas por quatro vagões cada, sendo que os dois primeiros de cada uma ficaram completamente destruídos. "O trem que vinha de Andria não devia estar ali", afirmou Massimo Nitti, diretor-geral da Ferrotramviaria, empresa que administra o ramal onde aconteceu a tragédia. "Os maquinistas não podiam se ver. A desgraça foi eles se encontrarem cara a cara na saída de uma curva", acrescentou.

O objetivo do inquérito agora é descobrir quem deu autorização para a composição proveniente de Andria prosseguir sua viagem. No entanto, também está sendo investigado se as autoridades falharam ao não modernizar o trecho de binário único da ferrovia.

O projeto de duplicação do ramal foi apresentado em 2008 e devia ter sido concluído em 2015, porém até agora não foi terminado. Os maquinistas das duas composições, Luciano Caterino e Pasquale Abbasciano, morreram no acidente. O segundo estava a apenas um ano de se aposentar