postado em 14/07/2016 07:22
Theresa May assumiu ontem o governo britânico dando início a uma transição vista como das mais ordenadas e rápidas dos últimos anos. O novo gabinete foi montado com o objetivo de fortalecer o lado britânico nas negociações para o Brexit (acrônimo em inglês para a saída britânica da União Europeia) e é formado tanto por apoiadores do rompimento com o bloco quanto por simpatizantes da união. Entre os novos ministros há menos mulheres que o especulado pela imprensa, que esperava mais expressividade feminina no gabinete da segunda mulher a liderar o país.
Com as mudanças no alto escalão, o polêmico ex-prefeito de Londres Boris Johnson dá um salto na carreira política. Ele foi confirmado ministro das Relações Exteriores, decisão que surpreendeu a muitos. Seu papel na política externa, porém, deve ser esfriado pela distribuição de tarefas até então sob responsabilidade da chancelaria, como a negociação do divórcio com os vizinhos europeus. Essa função fica com David Davis, veterano eurocético que está à frente do recém-criado Ministério do Brexit.
[SAIBAMAIS]Outro compromisso retirado do ministério de Johnson é o comércio internacional, que fica sob liderança de Liam Fox, ministro da Defesa entre 2010 e 2011. Ele tentou a chance na sucessão de David Cameron, mas foi dispensado na primeira rodada de votação. Fox e Davis devem ser os principais atores da transição.
À imprensa, Johnson disse estar muito animado, humilde e orgulhoso com a oferta para chefiar a chancelaria. ;Claramente, temos a oportunidade de conquistar grande sucesso na com a Europa e com o mundo, e estou muito animado por ser convidado a ter parte nisso;, disse. Pelo Twitter, o líder do Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip), Nigel Farage, mostrou-se satisfeito com a escolha de ambos. ;Eu me sinto mais otimista agora;, escreveu.
O ministro demissionário das Relações Exteriores, Philip Hammond, entrega a pasta a Johnson para assumir as Finanças. Será o encarregado de manter a economia sob controle nos difíceis momentos de incerteza que o Reino Unido tem pela frente. O sucessor de May no Ministério do Interior será Amber Rudd, ex-ministra da Energia. Com a indicação, ela se torna a quinta mulher a ocupar um dos quatro postos mais importantes do país. A Defesa permanece nas mãos de Michael Fallon, indicado por Cameron para a função em 2014. O anúncio de novos nomes é esperado para hoje.
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