Centenas de pessoas com bandeiras da Turquia estão reunidas em frente ao Parlamento turco em uma manifestação contra a tentativa de golpe militar desencadeada ontem no país, minutos antes do início de uma sessão extraordinária na Casa. Em uma demonstração de união sem precedentes, todos os quatro partidos representados no Parlamento devem divulgar uma declaração conjunta condenando a tentativa de golpe militar contra o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan. A sessão extraordinária teve início com um minuto de silêncio em homenagem aos que perderam a vida nos conflitos desencadeados durante a madrugada.
A estimativa é de que ao menos 265 pessoas tenham morrido na madrugada de sexta-feira para sábado, entre civis e membros das forças armadas a favor e contra o golpe. Pela manhã, o primeiro ministro turco Binali Yildirim afirmou em entrevista à uma rede de televisão turca que 161 pessoas tinham morrido na madrugada e outras 1.440 haviam ficado feridas em confrontos entre civis e militares pró-golpe. Aparentemente, o cálculo excluiu os 104 militares golpistas que também morreram durante os conflitos, segundo fontes oficiais turcas. Entre as vítimas que eram contrárias ao golpe estavam ao menos 47 civis, 41 policiais e dois soldados do Exército. Além disso, mais de 2.800 pessoas foram presas e mais de 1.000 ficaram feridos, de acordo com Yildirim.