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Turquia proíbe viagens a trabalho de professores universitários ao exterior

O organismo público convocou os reitores a "examinar urgentemente a situação de toda a equipe docente e administrativa" vinculada ao clérigo Fethullah Gülen, acusado de orquestrar o golpe de Estado

Agência France-Presse
postado em 20/07/2016 09:35
Istambul, Turquia - O Conselho de Ensino Superior (Y;K) turco proibiu os professores universitários de fazer viagens a trabalho ao exterior, informou nesta quarta-feira (20/7) a agência de notícias pró-governamental Anatolia, cinco dias depois de um golpe de Estado frustrado.

O organismo público convocou os reitores a "examinar urgentemente a situação de toda a equipe docente e administrativa" vinculada ao clérigo Fethullah Gülen, acusado de orquestrar o golpe de Estado. Os reitores devem expor suas conclusões no dia 5 de agosto.

Além disso, o Y;K convocou as universidades que têm professores fora da Turquia a convocá-los de volta o quanto antes, segundo a Anatolia.



Após a tentativa de golpe, Ancara estendeu sua grande punição ao exército, à polícia, à estrutura judicial e à educação, com o objetivo de expulsar do sistema os partidários do clérigo, ex-aliado e atual inimigo do presidente Recep Tayyip Erdogan.

Na terça-feira (19/7), o governo suspendeu 15.200 funcionários da educação estatal e pediu a renúncia de quase 1.600 decanos de universidades públicas e privadas por seus supostos vínculos com Gülen.

O clérigo vive na Pensilvânia (Estados Unidos), mas segue tendo grandes interesses e influência na Turquia, dos meios de comunicação às finanças, passando pelo setor educacional, o poder judicial ou a polícia.

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