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Alemã que matou quatro de seus bebês é condenada a 14 anos de prisão

No julgamento, realizado no tribunal de Coburgo (centro), a acusação havia solicitado prisão perpétua

Agência France-Presse
postado em 20/07/2016 10:40
Berlim, Alemanha - Um tribunal alemão condenou nesta quarta-feira (20/7) uma mãe a 14 anos de prisão por assassinar quatro de seus bebês, asfixiando-os logo após o nascimento. No total, no ano passado foram encontrados oito cadáveres de recém-nascidos na casa de Andrea G;ppner em Wallenfels, na Baviera (sul), mas três deles estavam em um estado de decomposição tão avançado que não foi possível determinar as causas das mortes.

Aparentemente o último bebê nasceu morto. No julgamento, realizado no tribunal de Coburgo (centro), a acusação havia solicitado prisão perpétua. "Quando um caso assim é julgado, repentinamente muita gente sabe o que deve ser feito, como prender para sempre esta suposta mãe horrível", comentou o presidente do tribunal, Christoph Gillot, citado pela agência DPA.

"Mas primeiro temos que entender seu comportamento, isso não significa justificá-lo, mas tentar compreender", acrescentou. Seu marido, de quem estava separada, Johann G;ppner, de 55 anos, acusado do crime de cúmplice de assassinato, foi absolvido.



No primeiro dia do julgamento, 12 de julho, Andrea G;ppner reconheceu ter asfixiado alguns de seus recém-nascidos, mas não lembrava exatamente quantos havia matado. Segundo a ata de acusação, Andrea G;ppner ficou grávida oito vezes entre 2003 e 2013 "e trouxe ao mundo, a cada um ano ou um ano e meio, oito bebês", em sua cozinha ou na sala de sua casa, sem a menor assistência médica e na ausência de seu marido.

Este último, que não ignorava as gestações de sua esposa, estava de acordo com a morte dos bebês e aceitava que ela escondesse os cadáveres na sauna da casa, segundo a acusação. Assim que o recém-nascido começava a chorar, "ela pegava uma toalha e cobria o nariz e a boca da criança para sufocá-la", indicaram os promotores.

O casal teve outros três filhos e cada um deles tinha outros dois de casamentos anteriores. Ninguém na cidade de 2.800 habitantes onde viviam parece ter notado as sucessivas gestações de G;ppner. Uma vizinha encontrou um primeiro cadáver semanas após a acusada se mudar para viver com um novo parceiro. A polícia então encontrou os outros cadáveres em sacos plásticos ou entre roupas de cama.

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