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Convenção Nacional Democrata tem missão de fortalecer Hillary Clinton

Governistas pretendem destacar experiência política da candidata e pessimismo do rival

postado em 25/07/2016 06:00
Governistas pretendem destacar experiência política da candidata e pessimismo do rival
Superar a desconfiança dos norte-americanos e responder às críticas feitas pelo rival, Donald Trump, são algumas das prioridades de Hillary Clinton para a Convenção Nacional Democrata, realizada a partir de hoje na Filadélfia. Em uma posição mais segura e confortável do que o concorrente republicano ; que enfrentou sinais claros de divisão, na semana passada ;, o encontro governista marca o início oficial da campanha nacional da ex-secretária de Estado contra o polêmico empresário.

Ao longo dos quatro dias de reunião, as atividades do partido serão guiadas por temas relativos à unificação dos americanos, pelos esforços conjuntos para conduzir a nação e por discursos que devem enaltecer as capacidades de Hillary. A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama deve receber o voto de pelo menos 2.800 dos 4.763 delegados do partido, mas chega à etapa de coroação como candidata quase empatada com Trump nas pesquisas de intenção de voto. Enquanto pesquisas recentes mostram vantagem de apenas dois pontos percentuais para a democrata, a média das sondagens calculada pelo site Real Clear Politics aponta que Hillary tem 44% de apoio dos americanos, contra 41% para Trump.

Diante da chuva de ataques que recebeu durante a convenção opositora, integrantes de sua equipe deram indícios de que devem rebater as críticas. Os democratas vão procurar apresentar o magnata como alguém pessimista, que oferece ódio e divisão como soluções para os problemas dos Estados Unidos. Apesar de a democrata se agarrar ao sentimento anti-Trump e a seu vasto currículo na vida política, ela ainda não demonstrou a capacidade de mobilizar multidões que garantem vitória fácil nas urnas ; como fez o antecessor, Barack Obama, na campanha de 2008.


Richard Crosby, especialista em comunicação da Iowa State University, observa que, embora tenha apoio partidário mais sólido, Hillary carece de militantes fervorosos e precisa cativar aqueles que a enxergam como uma representante do establishment, assim como os eleitores que votaram pelo senador Bernie Sanders nas primárias. ;Sanders terá grande papel na convenção. Se ele conseguir demonstrar forte entusiasmo por ela, seu caminho até novembro será muito mais fácil;, avalia.

Para Crosby, Trump identificou a questão como uma fraqueza da concorrente e deve brigar pelos votos de Sanders. Embora o republicano tenha salientado o fato de que as primárias da oposição registraram um aumento de 60% de participação e que a votação governista foi 20 pontos percentuais menor do que nas eleições de 2012, Wayne Steger, cientista político da DePaul University, considera que o republicano apenas motivou pessoas que não participavam das prévias há anos. ;Isso não o ajuda a vencer a eleição;, pondera.

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