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Segundo extremista agressor de padre degolado ameaça França em vídeo

Abdel Malik Petijean foi formalmente identificado nesta quinta-feira; esse francês de 19 anos foi recentemente fichado por radicalização

Agência France-Presse
postado em 28/07/2016 21:44
O segundo assassino do padre degolado na França apareceu ameaçando o país em um vídeo divulgado por um órgão de propaganda do grupo Estado Islâmico (EI), a agência Amaq - informou nesta quinta-feira (28/7) o centro americano de controle de portais extremistas SITE.

Abdel Malik Petijean foi formalmente identificado nesta quinta-feira. Esse francês de 19 anos foi recentemente fichado por radicalização, disseram à AFP fontes próximas à investigação e do Ministério Público de Paris.

No vídeo, com 2 minutos e 26 segundos de duração, Malik é visto com uma camisa polo de listras verdes e brancas e parece falar sozinho para a câmera, dentro de uma casa. O jovem lança ameaças em francês - intercaladas com frases em árabe - contra a França e se dirige diretamente ao presidente François Hollande e ao primeiro-ministro Manuel Valls.

Originário de Aix-le-Bais, nos Alpes, o rapaz nunca foi condenado, mas chegou a ser fichado em 29 de junho por sua radicalização, depois de tentar chegar à Síria através da Turquia.



O ataque ao padre Jacques Hamel, no qual houve tomada de reféns, começou em plena missa. Cinco pessoas estavam em sua igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, uma localidade da Normandia (noroeste) de 29.000 habitantes, a 125 quilômetros de Paris, quando dois homens entraram no recinto, aos gritos de "Allah Akbar" ("Alá é grande"), segundo relato de uma testemunha.

Os agressores foram abatidos por um grupo de elite ao sair da igreja.

A investigação já havia permitido identificar o primeiro agressor, o também francês Adel Kermiche, de 19 anos.

Menos de duas semanas antes, em 14 de julho, um homem jogou um caminhão de 19 toneladas em Nice contra centenas de pessoas que assistiam a um espetáculo de fogos de artifício. Morreram 84 pessoas, e mais de 350 ficaram feridas no ataque, reivindicado pelo EI.

Alvo de três ataques de grande proporção nos últimos 18 meses - 17 mortos em janeiro de 2015, 130 mortos em 13 de novembro de 2015 e 84 mortos no último 14 de julho -, a França vive mergulhada no medo de novos ataques.

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