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Hillary e Trump montam estratégia para campanha que se anuncia acirrada

Empatados nas pesquisas nacionais, os candidatos disputam os votos estado por estado

postado em 31/07/2016 09:08
Hillary e o candidato a vice, Tim Kaine, sobem ao palanque: após a convenção, turnê por Pensilvânia e Ohio

Celebradas as convenções partidárias, está oficialmente dada a largada para a queda de braço entre Hil-lary Clinton e Donald Trump, na disputa pela Casa Branca. Nas próximas semanas, estrategistas dos partidos democrata e republicano devem se debruçar sobre o cenário em cada um dos 50 estados americanos para montar a programação dos candidatos até novembro. A campanha pela sucessão de Barack Obama começa com um número maior de estados com prognóstico indefinido do que nas eleições presidenciais anteriores.

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Se Hillary era tida como favorita na fase pré-convenções , a democrata viu sua robusta candidatura dar sinais de fragilidade diante da capacidade de Trump de cativar eleitores insatisfeitos com a decadência da indústria americana e com o enfraquecimento da classe média.

[SAIBAMAIS]Os dois aspirantes à Presidência partem para o confronto direto praticamente empatados nas intenções de voto. Na última sexta-feira, uma pesquisa encomendada pela agência de notícias Reuters ao instituto Ipsos mostrou a democrata com 40% da preferência nacional, cinco pontos percentuais à frente do republicano. Na média de sondagens calculada pelo site Real Clear Politics, ambos apareciam com 44,3%.

Na tentativa de ganhar alguma vantagem até 8 de novembro, quando os americanos vão às urnas, os concorrentes direcionaram a campanhas aos estados onde o eleitorado trabalhador tem peso e onde não há inclinação consistente por um dos dois principais partidos ; os chamados swing states. Logo após o fim da convenção democrata, na Filadélfia, Hillary e o companheiro de chapa, Tim Kaine, iniciaram um tour de ônibus pela Pensilvânia e por Ohio. Trump tinha passado por ambos os estados industriais, dias antes, e fechou a semana no Colorado.



Daniel Palazzolo, professor de ciência política da Universidade de Richmond, na Virgínia, observa que a força de Trump está entre os trabalhadores brancos de baixa escolaridade, segmento que habita estados especialmente do Meio-Oeste. ;Até então, os democratas achavam que essas pessoas faziam parte de sua base, por causa do apoio dos sindicatos, mas Hillary é vulnerável nesse grupo;, analisa. Palazzolo acredita que a candidata governista intensificará a campanha em regiões com esse perfil social predominante, a fim de desacelerar o apoio a Trump. ;O Partido Democrata está focado mais na diversidade, como latinos e liberais;, pondera.

Empatados nas pesquisas nacionais, os candidatos disputam os votos estado por estado

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