Agência France-Presse
postado em 01/08/2016 11:09
Caracas, Venezuela - As autoridades eleitorais da Venezuela anunciarão nesta segunda-feira se a oposição pode avançar com o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, em meio a uma crescente tensão política e descontentamento popular.[SAIBAMAIS]O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) convocou para as 16H00 local (17H00 de Brasília) o anúncio para confirmar ou não se a Mesa da Unidade Democrática (MUD) reuniu as 200.000 assinaturas necessárias para validar o referendo, depois de, na semana passada, causar irritação por postergar a decisão.
A coalizão opositora exige rapidez. Seu objetivo é realizar o referendo ainda esta ano, por isso quer começar o quanto antes a segunda etapa do processo: recolher outros quatr milhões de assinaturas (20% dos eleitores) necessárias para que se convoque a consulta.
"A revogação é para que se acabe as filas, para que haja comida e medicamentos, para que o dinheiro chegue às pessoas, para que haja segurança. Com Maduro, não vamos resolver acrise, por isso temos de revogá-lo", afirma o ex-candidato presidencial opositor Henrique Capriles.
A MUD acusa o CNE de ser aliado do governo e de atrasar o processo de propósito para evitar que a consulta seja feita antes de 10 de janeiro de 2017. Esse limite é fundamental: se o referendo acontecer este ano e se Maduro perder, haverá eleições; mas se ele for revogado depois dessa data, os dois anos de mandato que ficarão faltando serão completados por seu vice-presidente.