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Kerry apoia plano argentino para refugiados sírios e afasta temor de terror

"O que digo é que não ocorreu nem um único evento de terrorismo que tenha sido cometido por um refugiado recebido nos Estados Unidos", declarou o secretário de Estado

Agência France-Presse
postado em 04/08/2016 20:01
O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou nesta quinta-feira em Buenos Aires que nenhum refugiado sírio esteve envolvido em um atentado terrorista nos Estados Unidos, ao apoiar a decisão argentina de receber 3.000 refugiados daquele país.

"O que digo é que não ocorreu nem um único evento de terrorismo que tenha sido cometido por um refugiado recebido nos Estados Unidos", declarou Kerry em coletiva de imprensa na chancelaria argentina, ao ser consultado sobre o programa argentino e os temores na área da segurança.

Ao destacar a decisão da Argentina, anunciada em 2014 durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner (2007/2015) e ratificada pelo presidente Mauricio Macri de receber 3.000 refugiados sírios, Kerry lembrou que esta nação sul-americana "é um país de imigrantes, é parte de um sistema de valores".

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"Sei que há pessoas que dizem que pode haver riscos e há", admitiu o funcionário americano, mas "desenvolvemos um nível de investigação e seleção muito detalhista" para garantir a segurança das pessoas que apelam a este estatuto.

Kerry lembrou palavras do presidente Barack Obama, que disse que "as pessoas que estão escapando são as mais afetadas pelo terrorismo, pelas guerras civis. É muito importante que não fechemos nossos corações a nossas vítimas".

A Argentina prevê receber 3.000 refugiados sírios, que em uma primeira etapa serão 300, mas Kerry esclareceu que o apoio de Washington não implica uma ajuda financeira para que o país sul-americano possa realizar este processo.

"Os Estados Unidos são os maiores doadores do mundo para a crise dos refugiados", destacou ao mencionar a reunião de cúpula que será realizada a respeito em setembro em seu país. "O objetivo não é só coletar dinheiro, mas conseguir que os países anunciem quanta gente vai aceitar".

Segundo estimativas da comunidade sírio-libanesa, mais de três milhões de pessoas desta origem vivem na Argentina, o que motivou o programa para refugiados.

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