Agência France-Presse
postado em 06/08/2016 20:30
O Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz e o especialista suíço em Corrupção Mark Pieth abandonaram o comitê de especialistas criado após o escândalo dos "Panama Papers" por "diferenças de opinião sobre transparência" - de acordo com uma declaração comum enviada para a AFP.
"Achamos que é essencial que nossas conclusões sejam tornadas públicas e que se permita aos membros do comitê falar livremente" sobre elas, explicaram o americano Joseph Stiglitz e o suíço Mark Pieth. Em sua declaração, Spieth e Stiglitz consideram que as "divergências irreconciliáveis" são tão grandes que - defendem - a comissão "deveria se dissolvida".
No final de julho, Stiglitz e Pieth receberam uma carta do governo panamenho, afirmando que apenas o presidente do Panamá poderia decidir se as conclusões seriam publicadas, ou não. Ambos os especialistas deixaram o comitê na sexta-feira (5).
O governo panamenho criou esse Comitê Independente de Especialistas para o Centro de Serviços Financeiros e Corporativos do Panamá em 29 de abril passado, em resposta ao chamado escândalo dos "Panama Papers".
Era composto por sete especialistas - três estrangeiros (Stiglitz, Pieth e um costa-riquenho) e quatro panamenhos. O objetivo do comitê é avaliar as práticas vigentes do centro de serviços financeiros e propor medidas para fortalecer a transparência e a luta contra a fraude fiscal e a lavagem de dinheiro.
O comitê deve entregar um primeiro relatório no final do ano. Publicados em abril, os "Panama Papers" dizem respeito a mais de 11,5 milhões de documentos do escritório de advogados panamenhos Mossack Fonseca. Esses papéis revelam detalhes financeiros de várias contas offshore abertas no Panamá e que podem ser usadas para burlar a Receita Federal em seus países.
"Achamos que é essencial que nossas conclusões sejam tornadas públicas e que se permita aos membros do comitê falar livremente" sobre elas, explicaram o americano Joseph Stiglitz e o suíço Mark Pieth. Em sua declaração, Spieth e Stiglitz consideram que as "divergências irreconciliáveis" são tão grandes que - defendem - a comissão "deveria se dissolvida".
No final de julho, Stiglitz e Pieth receberam uma carta do governo panamenho, afirmando que apenas o presidente do Panamá poderia decidir se as conclusões seriam publicadas, ou não. Ambos os especialistas deixaram o comitê na sexta-feira (5).
O governo panamenho criou esse Comitê Independente de Especialistas para o Centro de Serviços Financeiros e Corporativos do Panamá em 29 de abril passado, em resposta ao chamado escândalo dos "Panama Papers".
Era composto por sete especialistas - três estrangeiros (Stiglitz, Pieth e um costa-riquenho) e quatro panamenhos. O objetivo do comitê é avaliar as práticas vigentes do centro de serviços financeiros e propor medidas para fortalecer a transparência e a luta contra a fraude fiscal e a lavagem de dinheiro.
O comitê deve entregar um primeiro relatório no final do ano. Publicados em abril, os "Panama Papers" dizem respeito a mais de 11,5 milhões de documentos do escritório de advogados panamenhos Mossack Fonseca. Esses papéis revelam detalhes financeiros de várias contas offshore abertas no Panamá e que podem ser usadas para burlar a Receita Federal em seus países.