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EUA denunciam 'genocídio' de cristãos e xiitas pelo Estado Islâmico

O termo "genocídio", que tem implicações jurídicas, segundo o direito americano, já havia sido usado por Kerry e por especialistas das Nações Unidas para classificar os crimes lançados pelo grupo EI

Agência France-Presse
postado em 10/08/2016 12:18
Washington, Estados Unidos - O Departamento de Estado americano denunciou nesta quarta-feira (10/8) em seu relatório anual sobre liberdades religiosas no mundo o genocídio lançado pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra as minorias cristã, xiita e yazidi.

"O Daesh (acrônimo árabe do Estado Islâmico) continuou com sua estratégia brutal, que o secretário de Estado, John Kerry, definiu como um genocídio contra yazidis, cristãos, xiitas e outros grupos vulneráveis nos territórios que controla", disse a diplomacia americana em seu exaustivo relatório de 200 páginas sobre o estado da liberdade religiosa em 2015.

[SAIBAMAIS]O termo "genocídio", que tem implicações jurídicas, segundo o direito americano, já havia sido usado por Kerry e por especialistas das Nações Unidas para classificar os crimes lançados pelos extremistas do grupo EI no Iraque e na Síria.

Nestes dois países em guerra, onde a organização islamita armada ainda controla partes significativas de território, os terroristas são "responsáveis por atos bárbaros, como massacres, torturas, tráfico de seres humanos, estupros e outros crimes sexuais contra minorias religiosas e étnicas", afirma o Departamento de Estado em seu relatório.



"Os atores não estatais como Daesh e Boko Haram (o grupo islamita da Nigéria) continuando sendo os mais monstruosos autores de abusos contra a liberdade religiosa no mundo", opinou a diplomacia americana.

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