Agência France-Presse
postado em 11/08/2016 15:06
Washington, Estados Unidos - A agência federal antidrogas dos Estados Unidos (DEA) informou na quinta-feira que vai continuar rejeitando solicitações para autorizar o uso da maconha com fins medicinais.
Esta decisão implica um conflito entre um número crescente de estados americanos e as normas federais, visto que quase a metade deles aprovaram leis autorizando o acesso ao cannabis com propósitos medicinais.
No entanto, o governo federal aprovará a ampliação das pesquisas sobre a maconha, de modo que as organizações poderão pedir autorização para cultivá-la e usá-la em estudos.
Atualmente, apenas a Universidade do Mississippi está autorizada a fazer tais pesquisas.
A maconha é normalmente prescrita para tratar dores e outros mal-estares crônicos, como as náuseas.
O diretor da DEA, Chuck Rosenberg, disse que a proibição da maconha continuará devido à "falta de segurança para seu uso sob supervisão médica".
Ao justificar a medida, a DEA citou uma avaliação científica e médica realizada pela Administração de Alimentos e Remédios e o Instituto Nacional sobre Abusos de Drogas.
"A decisão da DEA vai contra a ciência objetiva e uma opinião pública esmagadora", lamentou Aaron Smith, presidente da Associação Nacional da Indústria do Cannabis, um grupo comercial com sede em Washington.