Rodrigo Craveiro
postado em 12/08/2016 07:15
Dos 820 extremistas que viajaram da Alemanha para o Iraque e para a Síria, a fim de se unirem ao Estado Islâmico, um terço retornou ao país europeu e cerca de 140 foram abatidos. Pelo menos 420 podem voltar a qualquer momento. As estatísticas, divulgadas pelos serviços secretos alemães, e quatro atentados registrados em uma semana, no mês passado, colocam a nação de Angela Merkel como alvo dos jihadistas. Para evitar novas tragédias, Berlim apresentou uma proposta de retirada da nacionalidade dos extremistas com dupla cidadania, a qual se insere num conjunto de medidas preventivas.
;Os alemães que participarem de combates no exterior com uma milícia terrorista, e que possuam outra nacionalidade, deveriam perder sua nacionalidade alemã;, afirmou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizi;re. ;Não entendo por que dizemos ;fazer isso está fora de questão; quando um (binacional) combate para uma milícia terrorista similar às forças armadas e que é considerada um exército.;
Raffaello Pantucci, especialista em contraterrorismo do Instituto Real de Serviços Unidos de Londres, afirmou ao Correio ser ;improvável; que a medida coloque fim ao risco terrorista. ;Mas ela pode tornar a vida mais difícil para uns poucos indivíduos que estiverem envolvidos na ameaça;, admitiu. Antes de tornar a proposta uma realidade, Maizi;re vai precisar travar dura negociação com os sociais-democratas, aliados de Merkel. ;Será um ponto difícil (de tratar), mas penso que acabará sendo aceitável para o Partido Social Democrata;, observa o ministro, segundo a agência France-Presse. A ideia é que ela passe a vigiorar antes das eleições legislativas, no segundo semestre de 2017.
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