Agência France-Presse
postado em 14/08/2016 12:03
O grupo islamita nigeriano Boko Haram divulgou neste domingo um vídeo com mulheres jovens, que identifica como as estudantes sequestradas em Chibok (nordeste) em abril de 2014, afirmando que algumas delas estavam vivas e que outras morreram em ataques aéreos.
O sequestro de 276 estudantes de Chibok em 14 de abril de 2014 provocou uma onda de indignação e concentrou a atenção mundial na insurreição do Boko Haram, que deixou ao menos 20.000 pessoas mortas desde 2009.
Entre as vítimas, 57 conseguiram escapar após o sequestro. As meninas de Chibok são as vítimas mais conhecidas da insurreição de Boko Haram, que utiliza com frequência o sequestro como arma em sua guerra.
O Boko Haram as transforma em escravas sexuais ou mulheres-bomba, enquanto adolescentes e adultos são alistados à força para combater com os rebeldes que querem instaurar um Estado Islâmico no nordeste da Nigéria.
No vídeo de 11 minutos de duração publicado neste domingo no YouTube, um homem com o rosto coberto por um lenço e um turbante afirma: "Devem saber que suas filhas ainda estão em nossas mãos".
De uniforme militar e com uma arma automática, ele aparece com um grupo de dezenas de jovens, todas com véu e abaya (uma túnica longa), algumas sentadas no chão e outras de pé em segundo plano.
"Quarenta destas meninas foram casadas conforme a vontade de Alá", acrescenta o homem. "Outras morreram em bombardeios aéreos".
Neste vídeo, uma jovem fala no dialeto local de Chibok, a voz intercalada por soluços. Ela descreve um bombardeio aéreo do Exército nigeriano. No fundo, as meninas enxugam os olhos durante o seu relato, uma delas segurando um bebê nos braços.
O homem no vídeo exorta então o governo nigeriano a libertar os combatentes do Boko Haram. "Eles devem libertar imediatamente os nossos irmãos que estão na prisão", afirma. Ele, então faz uma ameaça, advertindo que, se estes prisioneiros não forem libertados, o governo nunca irá resgatar as meninas de Chibok.
Em 2015, o exército nigeriano anunciou o resgate de centenas de pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, que foram sequestradas pelo Boko Haram. Mas as estudantes desaparecidas não se encontravam entre elas, apesar de vários rumores que não foram confirmados.
A campanha armada do Boko Haram, iniciada em 2009, já deixou mais de 20 mil mortos na Nigéria.
Após a divulgação do vídeo, o governo nigeriano anunciou que "está em contato" com o Boko Haram.
"Não é a primeira vez que eles entram em contato sobre este assunto, mas nós queremos garantir que aqueles com quem estamos em contato são quem dizem ser", declarou o ministro da Informação nigeriano, Lai Mohammed, citado em um comunicado do governo.
Ele explica que a situação se complicou após uma "ruptura dentro da liderança do Boko Haram", fazendo referência às supostas divergências internas no grupo.
Desde que jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico, em março de 2015, o Boko Haram passou a se chamar Jama;atu Ahlissunnah Lidda;awati Wal Jihad. Mas neste domingo o grupo voltou a utilizar o nome de Boko Haram.
Desde que o Boko Haram jurou fidelidade ao EI há muitas dúvidas e confusão sobre quem dirige o movimento islamita nigeriano.
O Boko Haram sofreu várias derrotas militares desde a chegada ao poder do presidente Muhammadu Buhari, em maio de 2015, e sua força de atuação é bem menor do que há dois anos.
O sequestro de 276 estudantes de Chibok em 14 de abril de 2014 provocou uma onda de indignação e concentrou a atenção mundial na insurreição do Boko Haram, que deixou ao menos 20.000 pessoas mortas desde 2009.
Entre as vítimas, 57 conseguiram escapar após o sequestro. As meninas de Chibok são as vítimas mais conhecidas da insurreição de Boko Haram, que utiliza com frequência o sequestro como arma em sua guerra.
O Boko Haram as transforma em escravas sexuais ou mulheres-bomba, enquanto adolescentes e adultos são alistados à força para combater com os rebeldes que querem instaurar um Estado Islâmico no nordeste da Nigéria.
No vídeo de 11 minutos de duração publicado neste domingo no YouTube, um homem com o rosto coberto por um lenço e um turbante afirma: "Devem saber que suas filhas ainda estão em nossas mãos".
De uniforme militar e com uma arma automática, ele aparece com um grupo de dezenas de jovens, todas com véu e abaya (uma túnica longa), algumas sentadas no chão e outras de pé em segundo plano.
"Quarenta destas meninas foram casadas conforme a vontade de Alá", acrescenta o homem. "Outras morreram em bombardeios aéreos".
Neste vídeo, uma jovem fala no dialeto local de Chibok, a voz intercalada por soluços. Ela descreve um bombardeio aéreo do Exército nigeriano. No fundo, as meninas enxugam os olhos durante o seu relato, uma delas segurando um bebê nos braços.
O homem no vídeo exorta então o governo nigeriano a libertar os combatentes do Boko Haram. "Eles devem libertar imediatamente os nossos irmãos que estão na prisão", afirma. Ele, então faz uma ameaça, advertindo que, se estes prisioneiros não forem libertados, o governo nunca irá resgatar as meninas de Chibok.
Em 2015, o exército nigeriano anunciou o resgate de centenas de pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, que foram sequestradas pelo Boko Haram. Mas as estudantes desaparecidas não se encontravam entre elas, apesar de vários rumores que não foram confirmados.
A campanha armada do Boko Haram, iniciada em 2009, já deixou mais de 20 mil mortos na Nigéria.
Após a divulgação do vídeo, o governo nigeriano anunciou que "está em contato" com o Boko Haram.
"Não é a primeira vez que eles entram em contato sobre este assunto, mas nós queremos garantir que aqueles com quem estamos em contato são quem dizem ser", declarou o ministro da Informação nigeriano, Lai Mohammed, citado em um comunicado do governo.
Ele explica que a situação se complicou após uma "ruptura dentro da liderança do Boko Haram", fazendo referência às supostas divergências internas no grupo.
Desde que jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico, em março de 2015, o Boko Haram passou a se chamar Jama;atu Ahlissunnah Lidda;awati Wal Jihad. Mas neste domingo o grupo voltou a utilizar o nome de Boko Haram.
Desde que o Boko Haram jurou fidelidade ao EI há muitas dúvidas e confusão sobre quem dirige o movimento islamita nigeriano.
O Boko Haram sofreu várias derrotas militares desde a chegada ao poder do presidente Muhammadu Buhari, em maio de 2015, e sua força de atuação é bem menor do que há dois anos.