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Membro do COI é preso por revenda ilegal de ingressos para Rio-2016

Com estes ingressos, a empresa teria ganhado 10 milhões de reais (3,15 milhões de dólares)

Agência France-Presse
postado em 17/08/2016 10:05

A imprensa brasileira informou que Hickey foi preso em um hotel onde estão hospedados alguns dirigentes olímpico, na Barra da Tijuca

Rio de Janeiro, Brasil - O presidente dos Comitês Olímpicos Europeus foi preso nesta quarta-feira (17/8) no Rio por ligação com a revenda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos, anunciou a polícia civil. "Os agentes cumpriram uma ordem de busca e captura contra Patrick Joseph Hickey, da Irlanda, membro do Comitê Olímpico Internacional", informou a polícia em um comunicado.

O Comitê Olímpico da Irlanda, do qual Hickey é diretor, limitou-se a dizer que prefere se inteirar do caso antes de fazer comentários. A imprensa brasileira informou que Hickey foi preso em um hotel onde estão hospedados alguns dirigentes olímpico, na Barra de Tijuca. Segundo o portal G1, Hickey se sentiu mal durante a prisão e foi levado para um hospital.

A detenção do alto dirigente do COI parece estar vinculada à desarticulação de uma rede internacional de revenda ilegal de ingressos para os Jogos do Rio. O irlandês Kevin James Mallon, diretor da empresa THG Sports, que tinha autorização para revender entradas dos Jogos de Londres-2012 e Sochi-2014, foi preso em 5 de agosto, no Rio, no dia da cerimônia de abertura dos Jogos, acusado de revenda ilegal de entradas.

"Mallon é um dos diretores da empresa inglesa THG, cujo presidente James Sinton foi preso em 2014 por estar envolvido na ;máfia dos ingressos; para a Copa do Mundo no Brasil", informou a polícia. Uma intérprete da empresa THG também foi detida. A polícia informou ainda que apreendeu 781 entradas comercializadas por valores altíssimos. A THG vendia entradas para a cerimônia de abertura por 8.000 dólares, quando o preço mais caro oficial era de 1.300, explicou o inspetor Ricardo Barbosa em uma coletiva de imprensa.



Mallon foi detido em um hotel da Barra da Tijuca quando vendia ingressos para 20 compradores que também foram conduzidos à delegacia para prestar depoimento. "A THG vendia lugares particulares para eventos muito procurados, como a final, do futebol, as cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos. Estas entradas podem ter um valor enorme. Com estes ingressos, a empresa teria ganhado 10 milhões de reais (3,15 milhões de dólares)", explicou Barbosa.

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