postado em 18/08/2016 10:02
[VIDEO1]O mundo voltou a ficar chocado com a crueldade dos conflitos na Síria, após a divulgação das imagens de um menino ferido que recebia auxílio médico após bombardeios das forças aliadas do presidente Bashar al-Assad na cidade de Aleppo, uma das regiões mais disputadas pelo exército sírios e grupos rebeldes. No ano passado, imagens do menino Aylan, morto em uma praia da Turquia após a família dele tentar fazer a travessia do Mar Mediterrâneo, comoveram a população mundial.
[SAIBAMAIS]As imagens de Omran Daqneesh, de cinco anos, foram divulgadas na quarta-feira (17/8) por ativistas opositores sírios, do Aleppo Media Center, e repercutiram nas redes sociais e no noticiário internacional. No vídeo é possível ver o momento em que um socorrista tira a criança dos escombros após a explosão de um prédio. Totalmente coberta por poeira, ela é levada para uma ambulância e acomodada em uma cadeira. Aparentando estar atordoado, o pequeno Omran coloca a mão no rosto e, depois de perceber que estava sangrando, ele tenta limpar as mãos na cadeira.
De acordo com o jornal The Telegraph, os médicos que cuidaram da criança afirmaram que ele passa bem. No ataque, ao menos oito pessoas morreram, entre eles cinco crianças, segundo os ativistas.
Conflito sangrento
A batalha por Aleppo é a mais importante para o regime e para os rebeldes desde o início da disputa bélica na Síria em 2011, mas pode se transformar em uma guerra de desgaste sem vencedores. Os dois grupos estão concentrando tropas e tentarão por todos os meios se apoderar desta localidade dividida desde 2012 entre os bairros do oeste, em poder do regime, e os do leste, sob o controle dos insurgentes. Nesta batalha, o Exército da Conquista (Jaish al-Fateh) é a principal força que luta contra o regime. Em 2015 conseguiu expulsar as tropas governamentais da maior parte da província de Idleb (noroeste). Jaish al Fateh é uma coalizão que reúne uma dezena de facções jihadistas e rebeldes apoiadas por Arábia Saudita, Catar e Turquia.
Com informações da France Presse