Agência France-Presse
postado em 19/08/2016 08:47
Bangcoc, Tailândia - A polícia tailandesa contradisse nesta sexta-feira (19/8) o exército, que havia anunciado na véspera a detenção de 15 suspeitos no âmbito da investigação pela recente rede de atentados em várias localidades turísticas do país. "Estas pessoas criaram um movimento ilegal com intenções políticas (...) mas não há provas que as vinculem aos atentados", declarou à imprensa Chayaphol Chatchaidej, policial de alto escalão.Desde o golpe de Estado de 2014, os militares atribuíram a si mesmos muitas competências, como o [SAIBAMAIS]direito de deter em sigilo suspeitos durante sete dias, mas, ao término deste prazo, devem entregá-los à polícia. Assim, na manhã desta sexta-feira os 15 suspeitos foram transferidos à polícia, constatou a AFP.
A polícia anunciou, contrariando o que os militares afirmavam, que os detidos podem ser acusados apenas de pertencer a uma "sociedade secreta ilegal" e de não respeitar a proibição de organizar reuniões políticas. Este anúncio coloca um pouco mais em evidência as tensões entre a polícia e os militares no poder.
Nos dias 11 e 12 de agosto onze bombas explodiram no sul da Tailândia, especialmente em enclaves turísticos, matando 4 pessoas e ferindo outras 10. Até o momento não foram divulgados detalhes da investigação e ninguém reivindicou os ataques. Os investigadores apontaram a pista de uma "sabotagem local" e excluíram que se tratasse de um ataque terrorista internacional.