postado em 22/08/2016 07:21
Em paralelo aos esforços de salvamento da campanha de Donald Trump ; que tenta superar números ruins nas sondagens eleitorais e a rebelião contra sua candidatura dentro do próprio Partido Republicano ;, membros da oposição calculam o peso da rejeição ao polêmico empresário na briga pelas vagas no Congresso. Todas as 435 cadeiras da Câmara dos Deputados e 34 cadeiras do Senado serão renovadas em 8 de novembro. Dois anos depois de os republicanos terem conquistado o controle da câmara alta por uma margem estreita, as esperanças dos democratas de recuperarem a maioria dos assentos aumentam, em meio às turbulências envolvendo Trump, e agravam o cenário de crise para o partido opositor.
Se na disputa pelas vagas na Câmara os republicanos têm um pouco mais de conforto, a situação no Senado é delicada. Dos 34 assentos em disputa neste ano, os democratas precisam defender apenas 10, enquanto 24 cadeiras da oposição estão abertas à renovação. Para virar o jogo de poder na casa, os governistas precisam manter suas posições e avançar em mais quatro estados.
[SAIBAMAIS]A situação dos republicanos se complica com o fato de os senadores serem escolhidos pela contabilização dos votos em todo o estado ; diferentemente do método distrital da Câmara. O mecanismo de eleição torna a dinâmica da disputa semelhante à briga, estado a estado, pela Casa Branca. Assim, um alerta se acende nas campanhas regionais, à medida que Trump mostra dificuldades em manter o bom desempenho em áreas com disputa aberta para o Senado.
No tabuleiro eleitoral, muitos dos estados onde a corrida pelas cadeiras do Senado é considerada apertada (veja o mapa) coincidem com as regiões em que o polêmico empresário tem dificuldades para abrir vantagem sobre a governista Hillary Clinton. Os democratas possuem boas chances de roubar as vagas hoje ocupadas por republicanos em Wisconsin e em Illinois, estados onde a ex-secretária de Estado exibe ampla vantagem nas sondagens e cujo eleitorado tende a apoiar o Partido Democrata.
Estrategistas observam a possibilidade de a oposição perder cadeiras nos estados de Carolina do Norte ; onde a campanha de Hillary também vê oportunidade de expandir seus esforços e brigar por uma vitória em um tradicional reduto republicano ;, Indiana, Missouri e até no Arizona, onde o respeitado senador John McCain enfrenta uma apertada disputa contra a candidata democrata Ann Kirkpatrick. Apesar de os republicanos terem entrado no ciclo eleitoral de 2016 cientes das dificuldades, a questão foi acentuada com a confirmação do magnata como cabeça da chapa do partido para a eleição presidencial.
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