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Sarkozy anuncia candidatura às presidenciais francesas de 2017

Hollande ainda não anunciou oficialmente sua candidatura para um segundo mandato, mas está prestes a terminar seu mandato batendo recordes de impopularidade

Agência France-Presse
postado em 22/08/2016 14:42

Paris, França - O ex-presidente da França, Nicolás Sarkozy, anunciou sua candidatura às eleições presidenciais de 2017, mesmo que antes tenha que se apresentar às primárias do seu partido, nas quais a contenda se anuncia dura.

[SAIBAMAIS]"Decidi ser candidato às eleições presidenciais de 2017", escreveu Sarkozy, 61 anos, que foi derrotado por François Hollande em 2012 em seu livro intitulado "Tout pour la France" ("Todo pela França", em tradução livre), que será lançado na quarta-feira.

"Este livro é o ponto de partida", comentou Sarkozy em sua conta no Twitter, onde é possível encontrar o texto da declaração.

Aos 61 anos, Sarkozy, cujo discurso, assim como o seu estilo, divide profundamente os franceses, poderia voltar a enfrentar o socialista Hollande, que o venceu na disputa em 2012, e a líder da extrema-direita Marine Le Pen, que tem crescido consideravelmente nas pesquisas.

Hollande ainda não anunciou oficialmente sua candidatura para um segundo mandato. No entanto, o atual presidente, está prestes a terminar seu mandato batendo recordes de impopularidade.

Antes dessa possível revanche, Sarkozy deverá vencer dentro de seu próprio partido, Os Republicanos (LR), o principal partido de oposição. Sarkozy renunciou nesta segunda-feira à presidência do LR para se dedicar completamente à campanha das primárias.

Juppé, sue principal rival

Outras doze personalidades pretendem se apresentar para essas primárias da direita, que vão acontecer nos dias 20 e 27 de novembro.

Entre estes estão o ex-primeiro-ministro e atual prefeito de Bordeaux (sudoeste), Alain Juppé, considerado o favorito à frente de Sarkozy.

Contudo, os partidários do ex-presidente acreditam que a série de ataques que atingiu a França nos últimos 18 meses, com mais de 200 pessoas mortas, voltou a colocar no primeiro plano questões de identidade e segurança, que ocupam grande parte do discurso de Sarkozy.

Em 2012, já havia concentrado sua campanha sobre estas questões, o que afastou parte do eleitorado centrista.

Ao contrário da maioria de seus colegas, Sarkozy, um advogado por formação, não deriva nem da alta burguesia, nem das grandes escolas francesas.

Filho de um imigrante húngaro, foi criado por sua mãe e seu avô grego.

Pai de quatro filhos, se casou três vezes, sendo a última com a ex-modelo e cantora de origem italiana Carla Bruni, com quem teve uma filha durante seu mandato.

Após sua derrota política em 2012, Sarkozy havia se retirado da vida política para viajar o mundo dando palestras muito bem pagas.

No entanto, não tardou a voltar à política, tomando as rédeas do principal partido da oposição de direita, rebatizada Os Republicanos na ocasião.

Desde então, ele não esconde seu desejo de vingança. Mas, além da rivalidade com Juppé, o ex-presidente enfrenta obstáculos legais em sua nova corrida ao palácio do Eliseu. Acusado em vários casos relacionados com o financiamento de sua campanha em 2012, paira sobre ele a ameaça de um eventual julgamento.

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