Agência France-Presse
postado em 29/08/2016 16:57
Washington, Estados Unidos - Aos 80 anos, o senador republicano John McCain, ex-candidato à Presidência em 2008, aspira a ser reeleito no Senado dos Estados Unidos nas legislativas de novembro.[SAIBAMAIS]O primeiro passo é ganhar as primárias para senadores na terça-feira (30/8), em que seu principal adversário como representante do Arizona, a ultraconservadora Kelli Ward. Ela já deu a entender que, se McCain for reeleito, não conseguirá terminar seu mandato.
"Sou médica. A expectativa de vida para um homem americano não passa dos 86 anos. É menor", disse Kelli Ward, de 47 anos.
Em agosto, uma pesquisa da rede CNN apontava a vitória de McCain nas primárias, com 55% dos votos, contra os 29% de sua rival. Já a empresa Gravis Marketing coloca Ward à frente, com 45% contra 36% de McCain.
As declarações do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, que ganhou facilmente as prévias partidárias no Arizona com seu discurso anti-imigração, têm reflexo na disputa à vaga desse estado ao Senado.
Ward acusou McCain, eleito pela primeira vez ao Congresso em 1982, de ter colaborado com os Democratas para criar o atual "caos migratório".
"Ele enfraqueceu, ele envelheceu", atacou Kelli Ward, em entrevista à MSNBC.
Fora das primárias, as eleições de 8 de novembro estão longe de ter um vencedor diante da provável candidata democrata do Arizona, Ann Kirkpatrick.
Ironicamente, é o apoio formal de John McCain a Donald Trump que tem prejudicado esse veterano de guerra. O senador foi criticado por não ter rompido com Trump quando se distanciaram, sobretudo, após a polêmica causada com a crítica de Trump aos pais de um soldado muçulmano americano morto no Iraque.