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Kerry quer maior cooperação na segurança e economia entre EUA e Índia

"Quando Índia e Estados Unidos unirem suas forças, os benefícios não serão sentidos apenas nestes países, mas também em muitos outros, e não apenas da região", afirmou o chefe da diplomacia americana

Agência France-Presse
postado em 30/08/2016 12:37
Nova Délhi, Índia - O secretário de Estado americano, John Kerry, exigiu nesta terça-feira (30/8) em Nova Délhi o reforço da cooperação em matéria de segurança e economia entre Estados Unidos e Índia, diante do crescente poderio da China na Ásia. Kerry lançou a segunda edição do "Diálogo estratégico e comercial" entre Washington e Nova Délhi, dois mastodontes com relações históricas complicadas e que colocaram de pé em 2015 este fórum de segurança e de comércio seguindo o modelo do "Diálogo estratégico e econômico" entre Estados Unidos e China.

"Afinal, os Estados Unidos e a Índia são países líderes no mundo. Somos as maiores e mais fortes democracia no mundo", ressaltou Kerry junto à secretária americana de Comércio, Penny Pritzker, e [SAIBAMAIS]seus colegas indianos Sushma Swaraj e Nirmala Sitharaman. "Quando Índia e Estados Unidos unirem suas forças, os benefícios não serão sentidos apenas nestes países, mas também em muitos outros, e não apenas da região", afirmou o chefe da diplomacia americana.

Kerry não citou a China, o grande rival da Índia, mas a sombra de Pequim paira sistematicamente sobre as discussões em matéria de segurança e economia que os Estados Unidos têm com seus sócios na Ásia. Em defesa, os respectivos ministros do setor, Ashton Carter e Manohar Parrikar, assinaram na segunda-feira em Washington um acordo de colaboração que prevê um acesso recíproco às bases militares para a manutenção e o reabastecimento de equipamentos de defesa. Segundo o chefe do Pentágono, será mais fácil em termos logísticos montar operações militares conjuntas.



Washington e Nova Délhi se aproximaram de maneira espetacular desde os anos 2000, primeiro sob a presidência do republicano George W. Bush e depois com o democrata Barack Obama, a favor do reequilíbrio dos Estados Unidos em relação à Ásia, destinado a contrabalançar a influência da China.

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