A Presidência francesa oficializou nesta terça-feira (30/8) a saída do governo do ministro da Economia Emmanuel Macron, cuja renúncia a oito meses das eleições presidenciais de 2017 alimenta as especulações de sua possível candidatura.
Macron mostrou-se "determinado" a "construir um projeto" para "transformar a França a partir do ano que vem".
"Nosso país merece assumir riscos", disse Emmanuel Macron, que defendeu fazer transformações profundas" em um "sistema político, econômico, social que continua amplamente bloqueado".
A Presidência francesa tinha oficializado na terça-feira a saída do governo do jovem ministro de 38 anos.
Macron renunciou "para se dedicar totalmente ao seu movimento político", informou a Presidência em um comunicado.
François Hollande nomeou como seu sucessor o atual ministro das Finanças, Michel Sapin.
Emmanuel Macron "recobrará sua liberdade para continuar construindo uma nova oferta política", declarou uma porta-voz do En Marche, movimento que criou em abril passado.
Sua saída do governo é um duro golpe para François Hollande e reforça ainda a incerteza da esquerda na perspectiva da eleição presidencial de 2017.
Afetado por uma impopularidade recorde, o atual presidente deve dizer até o final do ano se vai disputar ou não o segundo mandato.
Hollande já é desafiado por três ex-ministros: os socialistas Beno;t Hamon e Arnaud Montebourg, e a ecologista Cécile Duflot.
"Para François Hollande, é uma nova redução em sua maioria", lamentou um homem leal ao presidente socialista.
O deputado socialista Richard Ferrand disse que Emmanuel Macron se lançará na corrida presidencial se "seu projeto convence, seduz, se expressa nas pesquisas e se intelectuais, sindicalistas e vereadores aderem" ao mesmo.