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Parlamento espanhol nega voto de confiança a conservador Rajoy

Rajoy teve o apoio de 170 dos 350 deputados da câmara baixa, seis a menos que os necessários para ser empossado e formar um novo Executivo

Agência France-Presse
postado em 31/08/2016 16:17
Madri, Espanha - Os deputados espanhóis negaram nesta quarta-feira um voto de confiança ao conservador Mariano Rajoy para continuar à frente do governo espanhol, prolongando um bloqueio político de oito meses.

[SAIBAMAIS]Rajoy teve o apoio de 170 dos 350 deputados da câmara baixa, seis a menos que os necessários para ser empossado e formar um novo Executivo.


Rajoy defendia a urgência de se ter um governo e evitar assim as novas eleições, e pediu na terça-feira a confiança dos deputados para continuar liderando o executivo, sabendo de antemão que não deveria receber os votos necessários.

Com este bloqueio político, os espanhóis terão de voltar às urnas em 25 de dezembro, dia de Natal.

No domingo, os conservadores espanhóis asseguraram o apoio dos liberais do Ciudadanos, mas sem alcançar ainda a maioria necessária para que seu líder, Rajoy, formasse um novo governo e tirasse o país da paralisia política.

O Partido Popular (PP, direita) e o Ciudadanos assinaram no domingo, após mais de uma semana de intensas negociações, um acordo que deu a Rajoy os 32 votos do pequeno partido liberal na votação desta quarta-feira.

Rajoy, no poder desde 2011, sabia que iria ao debate de candidatura com o apoio de 170 deputados (137 do PP, 32 dos Ciudadanos e um de um pequeno partido canário), seis apoios a menos do que o necessário para obter o voto de confiança da Câmara Baixa (350 cadeiras) nesta primeira votação.

Um segundo turno ocorrerá na sexta-feira, quando precisará somar mais "sim" do que "não" para sua candidatura, mas, previsivelmente, fracassará se os socialistas do PSOE não se abstiverem .

O partido socialista, com 85 deputados, tem se mantido firme no "não" a Rajoy.

A economia espanhola registrou no segundo trimestre um crescimento anual de 3,2%, um dos ritmos mais elevados da União Europeia (UE), mas mantém um alto nível de desemprego, de 20%, o pior da região, ficando atrás apenas da Grécia

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