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Pai de Aylan lamenta passividade do mundo ante refugiados mortos no mar

"Todos queriam fazer algo depois da foto que tanto comoveu", disse o homem de 41 anos, ao recordar a imagem do filho morto na praia de Bodrum

Agência France-Presse
postado em 01/09/2016 08:47

Morando atualmente em Erbil, no Curdistão iraquiano, o pai de Aylan e de Galip sente que está mais seguro do que antes

Berlim, Alemanha - O pai do pequeno Aylan Kurdi, cuja morte no ano passado comoveu todo o planeta, lamentou nesta quarta-feira (31/8) que refugiados continuam morrendo no mar, mas ninguém faz nada, em uma entrevista ao jornal alemão Bild. "Depois da morte da minha família, os políticos afirmaram: ;Nunca mais;", recorda Abdullah Kurdi, que além de Aylan, de 3 anos, perdeu a mulher Rehab, de 35 anos, e o filho mais velho Galip, de 5 anos, afogados na costa turca depois do naufrágio de sua embarcação.

"Todos queriam fazer algo depois da foto que tanto comoveu", disse o homem de 41 anos, ao recordar a imagem do filho morto na praia de Bodrum. "Mas o que acontece agora? As mortes continuam e ninguém faz nada", completou Abdullah Kurdi, cuja família está enterrada em Kobane, uma cidade síria próxima da fronteira com a Turquia.

[SAIBAMAIS]Ele não lamenta, no entanto, a divulgação da foto do filho mais novo, por considera que "uma coisa assim deve ser mostrada para que as pessoas vejam claramente o que acontece". "O horror na Síria tem que terminar. As tragédias do exílio também", completou. Morando atualmente em Erbil, no Curdistão iraquiano, o pai de Aylan e de Galip sente que está mais seguro do que antes, mas "para fazer o que", ele questiona.

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