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López acredita no êxito do protesto contra Maduro na Venezuela

Maduro acusou a oposição de planejar um "golpe de Estado" e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência

Agência France-Presse
postado em 01/09/2016 09:53
Madri, Espanha - O opositor venezuelano atualmente preso Leopoldo López antecipa que a manifestação convocada para esta quinta-feira (1;/9) em Caracas para exigir o referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro conseguirá a mudança política na Venezuela, em carta publicada pelo jornal espanhol El País.

"Estamos convencidos de que milhões participarão e que com esta pressão popular e pacífica e o acompanhamento dos democratas do mundo (...) conseguiremos a mudança política", afirma López em carta escrita na prisão em que se encontra desde 2014. A oposição espera que esta manifestação, batizada de "Tomada de Caracas", seja histórica e pressione o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para ativar o recolhimento de quatro milhões de assinaturas necessárias para realizar o referendo revogatório.

Segundo o instituto Datanálisis, oito em cada dez venezuelanos querem a mudança de governo. Com uma troca de acusações sobre a busca de uma explosão de violência, a oposição e o governo da Venezuela medirão suas forças nesta quinta-feira nas ruas da capital. Militares e policiais foram colocados em locais estratégicos para acompanhar o protesto convocado pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que espera reunir, em três grandes avenidas, um milhão de pessoas para exigir que o poder eleitoral acelere o referendo.

Passando para a ofensiva, os chavistas convocaram uma gigantesca mobilização também nesta quinta-feira e a qual chamaram de "Tomada da Venezuela" para, segundo seus dirigentes, "defender a revolução". Maduro acusou a oposição de planejar um "golpe de Estado" e ameaçou mandar para a prisão dirigentes opositores, caso comece a violência: "Berrem, chorem ou gritem, irão presos", sentenciou.



Henrique Capriles, líder opositor, disse que o governo está "desesperado" e tem "medo" de que a manifestação seja gigantesca e, diante disso, pediu a seus seguidores que protestem pacificamente. O CNE descartou a possibilidade de antecipar a data de recolhimento das assinaturas, reiterando que será feito na última semana de outubro e advertindo que eventuais distúrbios na manifestação irão paralisar o processo.

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