postado em 04/09/2016 20:02
Washington - A saga do incidente protocolar que marcou a chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à China no sábado (3/9) ganhou mais um capítulo com um tuíte sarcástico da Agência militar de Inteligência americana."Elegante como sempre, China," afirma o tuíte da Agência de Inteligência de Defesa americana (DIA), ao lado de um link para um artigo do jornal The New York Times sobre o incidente. O post foi rapidamente apagado, mas não antes de ser notado e noticiado pelo Wall Street Journal.
Mais tarde, a agência tuitou seu pedido de desculpas: "Hoje cedo, um tuíte sobre uma matéria de jornal foi erroneamente publicado por essa conta e não representa as opiniões da DIA. Pedimos desculpas".
A tensão ocorreu no aeroporto da cidade de Hangzhou, após a chegada de Obama para a cúpula do G20. Após a aterrissagem do Air Force One, funcionários da Casa Branca tentaram ajudar repórteres americanos a se posicionar para filmar o presidente. "Este é nosso país, é nosso aeroporto", gritou visivelmente irritado um membro da segurança chinesa, como mostra um vídeo gravado por uma jornalista americana divulgado no Twitter.
As autoridades chinesas não gostaram do fato de o grupo de repórteres que sempre acompanha Obama em suas viagens estar na pista de pouso, embaixo da asa, como sempre fazem, e tentaram afastá-los.
Pouco depois, quando a conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Susan Rice, e o assistente do presidente e vice-conselheiro de Segurança Nacional para Comunicações Estratégicas, Ben Rhodes, tentaram se aproximar de Obama, também foram impedidos pelos responsáveis pela Segurança chineses.
No domingo, Obama tentou minimizar o incidente. Apesar de defender o acesso da imprensa e dizer que não deixa os "valores e ideais" americanos "para trás", o presidente reconheceu que a enorme logística que sua delegação requer pode intimidar e ser fonte de tensões para a China.