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Trump aponta Putin como líder melhor que Obama e Hillary admite erro

Um dos pontos polêmicos do fórum foi quando Trump disse que, caso seja eleito, manterá boas relações com o mandatário russo, Vladimir Putin

Agência Estado
postado em 08/09/2016 10:49
O candidato à presidência dos EUA pelo partido Republicano, Donald Trump, e a democrata Hillary Clinton exibiram na quarta-feira à noite um duelo de visões sobre o papel militar dos EUA no cenário global, com os dois principais candidatos argumentando suas razões de estarem mais bem preparados para decisões militares exigidas por um chefe de Estado. Em questões polêmicas, Trump disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é um líder melhor que o presidente dos EUA, Barack Obama, enquanto Hillary assume erro com informações em seu e-mail e diz que não deveria ter feito isso.

Em um fórum elaborado pela NBC - a três semanas de um primeiro debate muito aguardado e a dois meses das eleições - ambos compartilharam o mesmo cenário, mas falaram separadamente ao âncora e moderador Matt Lauer.

Clinton, que falou pela primeira vez depois de perder um sorteio, disse que a qualidade mais importante que o próximo presidente deve possuir é "uma estabilidade absoluta de uma rocha misturado a uma força de ser confiável para tomar decisões difíceis". Ela acrescentou que "eu tive a experiência única de assistir e trabalhar com vários presidentes, e não são decisões fáceis no original".

[SAIBAMAIS]Trump depois rebateu, dizendo que a construção de uma empresa "grande" e viagens pelo mundo o preparou para tomar as decisões difíceis necessárias de um comandante-chefe dos EUA: como o envio de soldados para o perigo. "A principal coisa é que tenho grande julgamento", ele disse. "Eu sei o que está acontecendo".

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A discussão ocorreu, uma vez que os eleitores classificam a segurança nacional como uma prioridade maior do que em qualquer outra eleição presidencial na geração passada, e nenhum dos candidatos ganhou uma vantagem decisiva sobre a questão.

A maioria dos eleitores disseram que não estava confiante na capacidade de qualquer candidato para ser um comandante-chefe eficaz, de acordo com uma pesquisa online da NBC News/SurveyMonkey divulgada na quarta-feira. Mas Hillary teve uma grande vantagem - 44% a 24% - quando os eleitores que foram convidados responderam em quem eles confiavam mais para tomar decisões certas acerca do uso de armas nucleares.

O Moderador Matt Lauer pressionou ambos os candidatos sobre questões que têm perseguido eles em suas campanhas: o uso de um servidor de e-mail privado por Hillary e seu tratamento com informações confidenciais e a aparente admiração de Trump pelo presidente russo, Vladimir Putin.

A ex-secretária de Estado defendeu o vazamento de informações confidenciais dizendo que ela assume a responsabilidade e que usar a sua conta pessoal foi "um erro" que ela não iria repetir. "Eu não dou qualquer desculpa para isso", disse ela. "Foi algo que não deveria ter feito", acrescentou.

Já Trump ficou com seus comentários controversos, dizendo que era uma honra para ele ser elogiado por Putin. O candidato ainda chamou Putin de um líder forte, no qual Trump observou que Putin tem um índice de aprovação de 82% em seu próprio país.

"Estimo que teria uma relação muito boa com Putin. Ele foi um líder, muito mais que o nosso presidente". O jornalista Matt Lauer rebateu questionando: "Não foi o presidente russo que invadiu a Crimeia e apoia Bashar al-Assad na Síria?". Em seguida, Trump respondeu: "Você quer que eu comece a enumerar as coisas que o presidente Obama fez neste mesmo tempo?". Em Laos, Obama considerou a declaração de Trump completamente "inaceitável e ultrajante".

Trump também procurou explicar sua afirmação dita anteriormente de que sabe mais sobre o Estado Islâmico do que generais americanos. Ele disse que tem fé nas forças armadas e em "certos" comandantes.

"Eu acho que sob a liderança de Barack Obama e Hillary Clinton, os generais foram reduzidos a escombros", disse Trump. "Eles foram reduzidos a um ponto onde é embaraçoso para o nosso país" Ele voltou a dizer também que, se for eleito, ele dará ao Pentágono 30 dias para apresentar um plano para destruir o Estado Islâmico.

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