A oposição síria recebeu neste sábado com prudência o plano de cessar-fogo anunciado por Rússia e Estados Unidos, que pode resultar na primeira campanha militar conjunta das duas potências contra os extremistas.
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O secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, afirmaram que a trégua, acordada em Genebra na sexta-feira à noite, deve começar a ser aplicada na segunda-feira, primeiro dia da festa muçulmana do Eid al-Adha.
As duas potências apoiam lados opostos no conflito: Moscou respalda o regime do presidente Bashar al-Assad, enquanto Washington auxilia a coalizão de rebeldes que considera moderados.
Mas se a Rússia conseguir convencer Assad a respeitar o cessar-fogo durante uma semana, Moscou e Washington iniciarão uma operação conjunta coordenada contra alvos "terroristas".
"Damos as boas-vindas ao acordo, caso seja aplicado", afirmou neste sábado Bassma Kodmani, integrante do Alto Comitê de Negociações (ACN), que reúne os principais representantes da oposição e da rebelião sírias.
A integrante do ACN expressou ainda o desejo de que o acordo signifique o "início do fim do suplício para os civis".