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Audiência sobre extradição de 'El Chapo' para os EUA será dia 26

Chancelaria mexicana avaliou a extradição em maio, mas a defesa interpôs dois recursos de amparo em junho para bloquear sua entrega aos Estados Unidos

Agência France-Presse
postado em 14/09/2016 16:45

O julgamento de extradição para os EUA contra Joaquín "El Chapo" Guzmán, conduzido pelo juiz mexicano, será em 26 de setembro e, depois dessa audiência, as provas serão analisadas para a tomada de decisão - informou um advogado do traficante nesta quarta-feira (14/9).

A Chancelaria mexicana avaliou a extradição em maio, mas a defesa interpôs dois recursos de amparo em junho para bloquear sua entrega aos Estados Unidos.

A audiência constitucional ocorrerá na manhã do dia 26, no tribunal do 13; distrito de amparo em matéria penal com sede na Cidade do México, tal como foi acordado no final de agosto pela instância judicial.

"O juiz pode decidir, ou não, mas, nesses casos, o comum é que leve um tempo para analisar. Podem ser dias, ou semanas, não posso afirmar um período", disse à AFP por telefone José Refugio Rodríguez, um dos advogados de Guzmán.

O advogado e uma fonte do Poder Judiciário mexicano - que pediu para não ser identificada por não estar autorizada a dar declarações - explicaram que uma audiência constitucional consiste no recebimento final de todas as provas do caso para que sejam analisadas pelo juiz, o qual dará sua decisão.

Líder do cartel de Sinaloa considerado o traficante mais poderoso do mundo, Guzmán é requerido pelos tribunais do Texas e da Califórnia.

El Chapo, que em 2014 escapou pela segunda vez de uma prisão federal por um túnel quilométrico e foi capturado em 8 de janeiro passado, está em uma cadeia em Ciudad Juárez, fronteiriça com os Estados Unidos.

A defesa - acrescentou Rodríguez - tem instruções de Guzmán de chegar até a última instância, que seria a Suprema Corte de Justiça. Com isso, o processo pode demorar meses, ou até anos.

"Se a sentença for desfavorável, teremos dez dias úteis para solicitar uma revisão diante de um tribunal colegiado, e poderemos pedir, ou o tribunal pediria, que a Suprema Corte analise o caso", disse Rodríguez.

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