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Grécia adota medidas após incêndio em campo de refugiados de Lesbos

Os nove refugiados, entre eles vários afegãos, iraquianos, um senegalês, um sírio e um camaronês, são suspeitos de ter iniciado os confrontos que explodiram durante a noite em Moria, que desencadearam o incêndio

Agência France-Presse
postado em 20/09/2016 09:30
Atenas, Grécia - As autoridades gregas detiveram nesta terça-feira (20/9) nove moradores do acampamento de Moria, na ilha de Lesbos, depois que um incêndio arrasou durante a noite, sem deixar vítimas, as instalações deste campo de migrantes.

Os nove refugiados, entre eles vários afegãos, iraquianos, um senegalês, um sírio e um camaronês, são suspeitos de ter iniciado os confrontos que explodiram durante a noite em Moria, que desencadearam o [SAIBAMAIS]incêndio no acampamento, informou uma fonte policial. As autoridades tentavam na manhã desta terça-feira recuperar o controle da situação na ilha, onde o incêndio provocou a fuga de 5 mil refugiados. Quarenta policiais foram mobilizados como reforço.

"A calma voltou à ilha, mas a situação ainda é instável", já que os migrantes e refugiados se dispersaram nos arredores de Moria, até Mitilene, a capital da ilha, a 10 km, informou uma fonte policial à AFP. As imagens dos meios de comunicação gregos mostravam mulheres correndo com seus bebês dormindo nos braços. Não foi registrado nenhum ferido. O incêndio destruiu 60 alojamentos pré-fabricados, 100 barracas e três contêineres.

O ministério de Política Migratória se apressava nesta terça-feira em alojar as famílias em um segundo acampamento na ilha, em Kara Tepe, onde se encontram refugiados em situação vulnerável ou com chances de obter asilo. Paralelamente, o objetivo é reconstruir "o mais rápido possível" Moria, indicou uma fonte do ministério.



"Não surpreende" que a situação tenha degenerado em Moria, especialmente pela "falta de segurança", revelou à AFP Roland Schonbauer, um representante na Grécia do Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR). Os incidentes são frequentes neste campo, onde estão alojados 5.650 refugiados, enquanto a capacidade de abrigo é de 3.500, segundo estatísticas oficiais de segunda-feira.

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