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Obama consegue compromisso de 52 países para receber 360 mil refugiados

Em discurso modelado para invocar empatia para com os refugiados, Obama disse que a "crise de proporções épicas" está testando a ordem internacional e a humanidade

Agência France-Presse
postado em 20/09/2016 21:42
O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (20/9) na ONU o compromisso de cerca de 50 países para acolher 360 mil refugiados, o que representa o dobro em relação ao ano passado. "Juntos, nossos países duplicarão o número de refugiados que nós receberemos (...) fazendo chegar a 360 mil este ano", declarou, saudando em especial os esforços de Alemanha e Canadá.

"Enfrentamos uma crise de proporções épicas. Não podemos desviar os olhos ou dar as costas. Fechar a porta na cara destas famílias seria trair nossos valores mais profundos", advertiu Obama.

[SAIBAMAIS]Um recorde de 65 milhões de pessoas foram deslocadas no mundo, incluindo 21 milhões de refugiados competindo por raras oportunidades de assentamento. Em seu sexto ano, a guerra na Síria já deslocou nove milhões de pessoas, enquanto mais de quatro milhões fugiram para os países vizinhos.



Muitos países incrementaram suas contribuições financeiras diante do apelo da ONU e de organizações humanitárias internacionais, o que representou um aumento de 4,5 bilhão de dólares em relação aos valores de 2015. Sete países - Romênia, Portugal, Espanha, República Tcheca, Itália, França e Luxemburgo - se comprometeram a admitir - ao menos - 10 vezes mais refugiados que em 2015, de acordo com funcionários americanos.

O discurso de Obama ocorre um dia após os 193 Estados da ONU adotarem um plano global para enfrentar a crise dos refugiados. O governo Obama anunciou que aumentará o número de refugiados que os Estados Unidos receberão em 2017 a 110 mil pessoas, contra os 85 mil deste ano.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, cujo país já recebeu mais de 30 mil sírios desde dezembro, declarou que a crise representa um desafio, mas também "uma oportunidade", e anunciou que "outros (refugiados) chegarão" ao Canadá.

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