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Islamitas conseguem 12,3% das cadeiras no parlamento da Jordânia

Os resultados confirmaram as estimativas dos islamitas, que na quarta-feira indicaram que esperavam obter ao menos 16 cadeira, ou seja, 12,3%

Agência France-Presse
postado em 22/09/2016 15:43
Amã, Jordânia - A Comissão Eleitoral jordaniana anunciou nesta quinta-feira os mais recentes resultados preliminares das eleições legislativas de terça, confirmando a volta ao parlamento da Irmandade Muçulmana, cuja coalizão eleitoral recebeu 16 cadeiras das 130.

[SAIBAMAIS]Os resultados confirmaram as estimativas dos islamitas, que na quarta-feira indicaram que esperavam obter ao menos 16 cadeira, ou seja, 12,3%.



Os jordanianos compareceram às urnas na terça-feira para escolher um novo Parlamento, em eleições marcadas pelo retorno da Irmandade Muçulmana, principal força de oposição, ausente nas últimas duas disputas legislativas.

Quase 4,1 milhões de eleitores - de uma população de 6,6 milhões - escolheram 130 deputados entre 1.252 candidatos.

A votação não provocou muito entusiasmo, já que o Parlamento jordaniano tem pouco poder e é tradicionalmente dominado por representantes das tribos leais à monarquia e empresários.

Analistas não previram grandes mudanças no Parlamento.

A Frente de Ação Islâmica (FAI), partido da Irmandade Muçulmana, boicotou as eleições de 2010 e 2013, com direito a denúncias de fraudes e pedidos de reforma no sistema eleitoral.

Fragilizados pelas divisões e a repressão, os islamitas anunciaram em junho que disputariam o pleito, após uma reforma da lei eleitoral.

A nova legislação permite aos partidos apresentar listas e, assim, romper com o sistema de "voto único transferível", com o qual o eleitor escolhia vários candidatos por ordem de preferência.

O método beneficiava os candidatos das tribos.

Islamitas e partidos de esquerda, no entanto, consideram que a reforma é "insuficiente" e criticam o o poder limitado reservado ao Parlamento.

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