A reunião de emergência realizada nesta quinta-feira (22/9), em Nova York, pelo Grupo Internacional de Apoio à Síria terminou sem um acordo para restabelecer o cessar-fogo no país.
O secretário-americano de Estado, John Kerry, disse ao sair do encontro que não foi possível restabelecer a trégua - que vigorou durante uma semana e acabou na segunda-feira passada - diante da incapacidade da Rússia de prometer que a aviação síria interromperá seus bombardeios contra áreas urbanas.
A reunião, de emergência, foi convocada diante do recrudescimento dos combates e dos bombardeios praticamente em todas as frentes na Síria, especialmente na devastada cidade de Aleppo, onde segundo denúncias foram lançadas bombas de fósforo.
"A pergunta já não é se há qualquer possibilidade real de se avançar, porque está claro que não podemos prosseguir mais por este caminho", disse Kerry ao final do encontro, acrescentando que é preciso "restabelecer a credibilidade do processo, se isto ainda for possível".
Para o chefe da diplomacia americana, é fundamental que "aqueles que têm poderio aéreo nesta parte do conflito simplesmente deixem de usá-lo".
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, disse à imprensa que a resposta oferecida pela Rússia à comunidade internacional sobre a interrupção das operações aéreas é "insatisfatória".
"Exigimos que a aviação síria permaneça em terra (...). A resposta dos russos é insatisfatória", declarou Ayrault, acrescentando que as conversações do Grupo Internacional de Apoio à Síria devem prosseguir.
Kerry informou que negociadores de Estados Unidos e Rússia têm previsto uma nova rodada de contatos nesta sexta-feira.