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Após fim da trégua, Assad intensifica bombardeamento a rebeldes de Alepo

A ofensiva de artilharia foi anunciada pelo governo após os esforços diplomáticos para aplicar o cessar fogo fracassaram após uma semana, levando a novos níveis de violência

Agência Estado
postado em 23/09/2016 09:07
Uma campanha intensa de bombardeamento atingiu distritos controlados por grupos rebeldes em Alepo, a maior cidade da Síria, atingindo diversas regiões e centros do grupo de voluntários da defesa civil conhecidos como Capacetes Brancos.

A ofensiva de artilharia foi anunciada pelo governo após os esforços diplomáticos para aplicar o cessar fogo fracassaram após uma semana, levando a novos níveis de violência. Residentes e ativistas afirmam que o nível bombardeio não tem precedentes e atingiu áreas residenciais, a infraestrutura da região e centros de defesa civil. Algumas ruas estão fechadas devido ao volume de escombros. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ao menos três pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas.

[SAIBAMAIS]Ibrahim Alhaj, membro da Defesa Civil síria, afirmou que ao menos dois centros de defesa civil foram atingidos no bombardeio, que geralmente começa ao anoitecer. Na manhã da sexta-feira, um centro da vizinhança de Ansari, no sul do distrito rebelde, ficou sem poder operar após os estragos causados pelo ataque. Ambulâncias e veículos de bombeiros foram danificados. Em outro centro, disse Alhaj, uma bomba caiu no quintal de um centro de defesa civil.



"Realmente é crítico. (A força aérea de Assad) direcionou seus ataques diretamente a esses locais", disse. Outro moradores da cidade afirmam que uma das duas estações de água que abastecem a cidade foram atingidas. Uma estação de televisão ligada ao governo, a Addounia TV, culpou grupos armados por atingir a estação de distribuição de Bab al-Nairab, que alimenta os dois lados da cidade conflagrada. Não foi possível verificar independentemente a extensão dos danos ou quem a atingiu.

A campanha aérea se seguiu a um anúncio feito na noite pelo comando militar responsável por Alepo, dizendo que iria lançar novas operações para tentar unificar a cidade sob o comando do presidente Bashar Assad.

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