Agência Estado
postado em 23/09/2016 09:39
Menos de uma semana após um homem negro desarmado ser morto por uma policial nas ruas de Tulsa, no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, promotores ofereceram uma denúncia criminal no caso, o que pode apaziguar os ânimos em uma cidade com longo histórico de tensões étnicas.A policial Betty Shelby "agiu injustificadamente" ao atirar em Terence Crutcher, de 40 anos, em 16 de setembro, afirmaram promotores na denúncia oferecida ontem. O departamento de polícia, por outro lado, foi rápido ao fornecer vídeos sobre a ação para líderes negros e membros da família, além de divulgá-los ao público. Shelby foi parar na cadeia nesta sexta-feira, mas saiu em menos de meia hora, após ter pago US$ 50 mil em fiança.
A rapidez na reação das autoridades de Tulsa contrasta com as de Charlotte, na Carolina do Norte, onde a polícia se negou a divulgar o vídeo da ação que matou outro homem negro esta semana, e que desencadeou uma onda dois dias de protestos e confrontos na região. As manifestações em Tulsa, por outro lado, têm sido consistentemente pacíficas.
O prefeito de Tulsa, Dewey Bartlett, elogiou o Departamento de Polícia por fornecer rapidamente o material ao promotor da cidade, Steve Kunzweiler. "Estes são passos importantes para assegurar que a justiça e a responsabilização prevaleçam", afirmou em um comunicado. "Continuaremos sendo transparentes para que isso aconteça." As imagens gravadas no incidente mostram que Crutcher estava com as mãos para o alto e caminhando na direção oposta de Shelby quando ela disparou sua arma.