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Bombas usadas em Aleppo são devastadoras para os civis

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citou testemunhas que falam de bombas incendiárias e anti-bunker

Agência France-Presse
postado em 26/09/2016 16:49
Londres, Reino Unido - Os bombardeios russos e sírios em Aleppo têm sido intitulados de crimes de guerra pelo suposto uso de armamento sofisticado com efeitos devastadores em áreas urbanas.

[SAIBAMAIS]Não se sabe exatamente que bombas estão caindo na cidade, mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citou testemunhas que falam de bombas incendiárias e anti-bunker, assim como bombas de fragmentação e as chamadas de barril, anteriormente usadas na Síria.



Quais bombas foram usadas?

- Anti-bunker: assim chamadas por sua capacidade de penetrar alvos blindados ou a grande profundidade, como instalações militares subterrâneas.

- Bombas incendiárias: usadas para começar incêndios, incluem substâncias como o napalm e o fósforo branco que pode causar grandes queimaduras.

As bombas termobáricas ou de vácuo, que estouram em dois tempos, espalham primeiro um aerossol inflamável em instalações subterrâneas e depois inflamam a substância criando uma cortina de fogo que queima tudo a sua volta.

- Bombas de fragmentação: armas proibidas que espalham inúmeras submunições por uma área extensa.

- Bombas-barril: fabricadas com sucata e substâncias explosivas que são colocadas em barris e costumam ser lançadas de helicópteros.

Por que seriam polêmicas em Aleppo?

"O uso de armas em conflitos armados é regulado pela lei internacional humanitária, que proíbe usá-las diretamente contra civis e proíbe os ataques indiscriminados e desproporcionados", disse Hannah Brice, do instituto de análise Chatham House.

"O problema com muitas bombas que estão sendo usadas na Síria e em Aleppo é seu uso em zonas residenciais com uma alta população civil".

"Entretanto", acrescentou, "o tema é complicado quando os alvos militares estão em zonas civis".

Brice citou um relatório da organização Action on Armed Violence, que afirma que quando explosivos são usados em zonas residenciais, 92% das vítimas são civis.

Além disso, destroem infraestruturas essenciais, como centros de saúde e de abastecimento de energia e água.

Ben Goodlad, principal analista de armamento no IHS Jane;s, disse: "tanto as bombas antibunker como as de vácuo são concebidas para serem usadas contra objetivos blindados, difíceis".

"O alto conteúdo de explosivos e os efeitos da deflagração dessas munições teriam consequências devastadoras em zonas urbanas, como danos colaterais invetiváveis", acrescentou.

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