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Extremista que destruiu mausoléus de Timbuctu é condenado a 9 anos

Primeiro acusado a reconhecer sua culpa ante o TPI, Al Mahdi também é o primeiro extremista a ser julgado em Haia e o primeiro do conflito do Mali



Segundo a procuradora-geral do TPI, Fatou Bensouda, a sentença de nove anos imposta a Al Mahdi é uma advertência para qualquer ativista que planeje algo semelhante. A pena imposta a Ahmad al Faqi al Mahdi "será uma advertência (...). Este é um crime de guerra e os que o provocaram deverão se responsabilizar pela destruição destes importantes locais", declarou Bensouda à AFP. Os juízes consideraram na sentença várias circunstâncias atenuantes, entre elas a de ter reconhecido sua culpa, cooperação, empatia com as vítimas, os remorsos expressados e sua "reticência inicial em cometer os crimes".

O julgamento, o primeiro por destruição de bens culturais, soma várias primeiras vezes. Primeiro acusado a reconhecer sua culpa ante o TPI, Al Mahdi também é o primeiro extremista a ser julgado em Haia e o primeiro do conflito do Mali. A decisão do TPI era muito aguardada pela população do Mali, que pedia justiça, e pelas ONGs, que buscavam um veredicto dissuasivo.