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Prêmio norueguês de direitos humanos para feminista iraquiana

As violações dos direitos humanos não são atribuídas apenas ao grupo Estado Islâmico (EI), mas também às autoridades iraquianas e a grupos apoiados pela comunidade internacional

Oslo, Noruega - O prêmio Rafto de direitos humanos, uma distinção norueguesa, foi atribuído nesta quinta-feira à iraquiana Yanar Mohammed "por seu trabalho em favor das mulheres e das minorias do Iraque em guerra", anunciou a fundação que o concede. Pesquisadora, jornalista e feminista militante em favor dos direitos humanos, Yanar Mohammed, de 55 anos, é cofundadora e presidente da Organização para a liberdade das mulheres no Iraque, que oferece proteção às mulheres vítimas da violência.

"A violência sexual forma parte dos planos de batalha, e o Iraque é apenas um dos lugares, entre tantos outros, onde os direitos das mulheres são sacrificados em benefício de objetivos políticos e militares", explicou a fundação Rafto. As violações dos direitos humanos, acrescenta, não são atribuídas apenas ao grupo Estado Islâmico (EI), mas também às autoridades iraquianas e a grupos apoiados pela comunidade internacional.

O prêmio Rafto, nome do historiador e militante dos direitos humanos norueguês Thorolf Rafto, tem entre seus antigos premiados quatro personalidades (Aung San Suu Kyi, José Ramos-Horta, Kim Dae-Jung e Shirin Ebadi) que depois ganharam o prêmio Nobel da Paz, que também é entregue na Noruega. O nome do premiado com o Nobel da Paz será divulgado em 7 de outubro.