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Violência na Califórnia após morte de homem negro pela polícia

Na noite de quinta-feira, segundo um comunicado policial, "um grupo de entre 50 e 70 manifestantes" ocuparam um cruzamento. Um motociclista foi retirado de seu veículo

Agência Estado
postado em 30/09/2016 19:44

Los Angeles, Estados Unidos - Dois homens foram presos durante a terceira noite de manifestações, desta vez violentas, em El Cajón, Califórnia, no auge dos protestos pela morte de um homem negro desarmado.

A identidade dos dois homens não foi comunicada, mas a polícia local assinalou que um deles tem 19 anos e o outro (28/9), e que ambos "são originários de El Cajón", periferia de San Diego.

[SAIBAMAIS]Na noite de quinta-feira, segundo um comunicado policial, "um grupo de entre 50 e 70 manifestantes" ocuparam um cruzamento. Um motociclista foi retirado de seu veículo.

"Os manifestantes atiraram garrafas de vidro nos oficiais" que chegaram ao local e "depois que o grupo se negou a dispersar", a polícia respondeu com "gás lacrimogêneo".

Alfred Olango, de 38 anos, foi morto na noite de terça para quarta-feira em El Cajón após a polícia ser alertada da presença de um homem com comportamento errático em meio ao trânsito.

No vídeo que se tornou viral, uma jovem que se apresenta como a irmã de Olango afirma ter chamado a polícia porque seu irmão sofria problemas mentais e corria perigo na rua. "Eu chamei vocês para ajudar meu irmão, e vocês o mataram na minha frente".

Segundo a polícia, Olango se colocou em posição de atirar com algo entre as mãos, ameaçando os agentes. Estes, temendo se tratar de uma arma, dispararam. Um deles o fez com uma pistola elétrica Taser, e outro com uma arma de fogo.

A políciainformou posteriormente que Olango tinha um cigarro eletrônico em suas mãos.

Desde terça-feira, diversas manifestações ocorrem em El Cajón.

As autoridades prometeram a realização de uma investigação "transparente".

Este fato acontece em um contexto de forte tensão racial nos Estados Unidos provocada pela morte de vários homens negros pelas mãos da polícia.

Na semana passada, a morte de Keith Lamont Scott, de 43 anos, desatou inúmeros protestos, alguns deles violentos, em Charlotte, na Carolina do Norte.

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