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Sobrinho de vítima é suspeito em caso de família brasileira esquartejada

O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, disse à imprensa que o suposto autor é um parente

Agência France-Presse
postado em 04/10/2016 18:59
Madri, Espanha - A Justiça espanhola acredita que um suspeito no caso da família brasileira encontrada esquartejada em setembro, a 60 km de Madri, possa estar no Brasil e que seria um sobrinho de uma das vítimas.

[SAIBAMAIS]O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, disse à imprensa que o suposto autor é um parente.

"(Era) um sobrinho do pai da família, que irá completar 20 anos no próximo mês de novembro", disse aos jornalistas.

O macabro assassinato dessa família de quatro membros está a cargo de um tribunal de Guadalajara.



A família foi encontrada em 18 de setembro passado, em uma casa na localidade de Pioz, depois que um vizinho alertou sobre o mau cheiro que emanava do imóvel.

Em uma nota emitida nesta terça-feira (4/10), o Superior Tribunal de Justiça da região de Castilla-La Mancha disse que, no último 22 de setembro, foi dada "uma ordem de detenção europeia e internacional contra uma pessoa, da qual existem indícios racionais de criminalidade relacionados com os fatos".

"Sabe-se que ele deixou a Espanha em 20 de setembro, tendo suspeitas de que pudesse estar no Brasil", indicou o texto emitido pelo tribunal.

O comunicado afirma que foram identificadas as "digitais" dos cadáveres, correspondentes a Marcos Campos Nogueira e Janaína Santos Américo. Os outros dois corpos continuam em processo de identificação, mas se acreditam que sejam os filhos do casal, de apenas um e quatro anos.

Os outros elementos permanecem sob segredo criminal, em um caso em que as primeiras hipóteses apontavam para um possível ajuste de contas.

Segundo os vizinhos, a família havia se instalado recentemente na casa, em uma zona residencial do povoado de menos de 4.000 habitantes. À exceção do pai, eram vistos apenas quando saíam para comprar comida.

Os corpos foram encontrados em sacolas plásticas. Os agentes da Guarda Civil não acharam sinais de que os assassinos tivessem forçado a entrada da casa.

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