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Matthew causa destruição e isola quatro municípios de Cuba

O ciclone, que forçou a evacuação de mais de 1,3 milhão de pessoas em seis províncias do leste cubano, derrubou enormes pedras que impediam a passagem pela estrada da cidade, segundo observou uma equipe da AFP

Agência France-Presse
postado em 05/10/2016 14:57
O ciclone, que forçou a evacuação de mais de 1,3 milhão de pessoas em seis províncias do leste cubano, derrubou enormes pedras que impediam a passagem pela estrada da cidade, segundo observou uma equipe da AFP
Guantánamo, Cuba
- O furacão Matthew chegou com toda sua fúria ao extremo leste de Cuba, onde quatro municípios de Guantánamo estão isolados e bastante destruídos, ainda que por enquanto não se saiba sobre vítimas, segundo autoridades e fontes humanitárias.

Baracoa, Imías, Maisí e San Antonio do Sul ficaram durante várias horas sob as fortes chuvas e ventos de Matthew, que após sua passagem por Cuba se dirige para as Bahamas e Estados Unidos, convertido em um poderoso ciclone de categoria 3 em uma escala de 5, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), com sede em Miami.

Com quase 82.000 habitantes, Baracoa é a cidade mais antiga de Cuba, com 505 anos, e polo turístico de Guantánamo, onde opera uma base americana que foi parcialmente evacuada antes da chegada do furacão.

"Em Baracoa há bastante destruição, não temos relatos de perdas de vida, mas parece que as perdas materiais foram grandes", disse o general e vice-ministro das Forças Armadas Revolucionárias, Ramón Espinosa.

O ciclone, que forçou a evacuação de mais de 1,3 milhão de pessoas em seis províncias do leste cubano, derrubou enormes pedras que impediam a passagem pela estrada da cidade, segundo observou uma equipe da AFP.


Extremamente perigoso, Matthew é o maior furacão que atinge o Caribe em quase uma década, de acordo com o NHC. Em sua passagem pelo Haiti e República Dominicana deixou ao menos nove mortos e destroços que estão sendo quantificados.

Depois de se distanciar de Cuba, ele avançava em direção às Bahamas antes de chegar, na quinta-feira, aos Estados Unidos, onde as evacuações já estão em curso.

"O mar entrou 200 metros no litoral e provocou ondas gigantescas, causando inundações e deslizamentos parciais e completos de casas", disse à AFP Joel Gómez, da ONG humanitária Oxfam em Guantánamo, com base em informações da Cruz Vermelha.

Nos quatro municípios mais afetados habitam 158.000 pessoas. Na área há o cultivo de coco, cacau e café, principalmente.

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