Os países do Brics vão ativar mecanismos para dinamizar o comércio interno na próxima cúpula do grupo, que acontece este mês na Índia - informaram fontes do governo brasileiro nesta quarta-feira (5/10).
No evento, as autoridades aduaneiras dos países-membros vão firmar um acordo para criar "canais de comunicação mais ágeis entre autoridades aduaneiras para ajudar na fluidez comercial", disse à imprensa em Brasília o diretor de Assuntos Inter-Regionais do Itamaraty, Kenneth da Nóbrega.
Os presidentes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) farão sua oitava cúpula em 15 e 16 de outubro, no estado indiano de Goa. Juntos, os países do Brics representam 40% da população mundial e o quinto PIB do planeta. A cooperação entre eles começou em 2006.
Na cúpula da Índia, também serão assinados acordos em matéria de agricultura e de meio ambiente, e os ministros das Finanças vão discutir aspectos técnicos do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). A instituição foi fundada pelos membros do bloco recentemente e "já é uma realidade", apontou Nóbrega.
Tendo como objetivo financiar grandes obras de infraestrutura, o Banco aprovou em abril seus primeiros empréstimos, no valor total de US$ 811 milhões, destinados a projetos de energias renováveis em quatro de seus países-membros.
A entidade tem sede em Xangai e foi criada como uma alternativa aos organismos multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
O grupo Brics realiza cúpulas anuais desde 2009. A última aconteceu na cidade russa de Ufá, em julho de 2015.