postado em 06/10/2016 07:25
O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas deve formalizar hoje a indicação do ex-primeiro-ministro português António Guterres para suceder o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, cujo mandato termina em 31 de dezembro. O nome será então encaminhado para ratificação pelos 193 países-membros da Assembleia-Geral. Em votação informal, ontem, 13 dos 15 países que integram o CS endossaram Guterres, que comandou por uma década o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Os outros dois declararam neutralidade.
[SAIBAMAIS]O mandato do secretário-geral da ONU começa em janeiro de 2017 e vigora por cinco anos, com possibilidade de uma reeleição. Na agenda do próximo chefe da organização estarão temas como a reforma do Conselho de Segurança e a recuperação da capacidade de solucionar impasses internacionais. No topo da lista de prioridades do sucessor de Ban Ki-moon estão ainda temas como a guerra civil na Síria, a crise dos refugiados e a negociação de políticas globais para conter as mudanças climáticas.
Tradicionalmente, a votação e indicação do conselho só ocorre quando há condições para que o grupo chegue a consenso sobre um candidato, com a aceitação dos cinco membros permanentes, que detêm poder de veto (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China). O anúncio de que Guterres se tornou o favorito para chefiar a ONU veio após a sexta votação informal. O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, que atualmente preside o CS, adiantou que a reunião de hoje deve oficializar o nome de Guterres ;por aclamação;.
Para Gelson Fonseca Junior, ex-embaixador do Brasil na ONU e membro do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), o endosso do CS é fundamental para a eleição do secretário-geral. ;Guterres tem uma predição dentro das Nações Unidas;, observa. ;Ele foi chefe do Acnur, foi premiê de Portugal e é um homem que tem uma presença internacional. Ele é perfeitamente qualificado para exercer a secretaria-geral;, comenta.
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