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Antonio Guterres promete 'servir aos mais vulneráveis' na ONU

"Para expressar o que sinto hoje, duas palavras bastam: humildade e gratidão", declarou o português

Agência France-Presse
postado em 06/10/2016 14:55

Lisboa, Portugal - O português Antonio Guterres, apoiado pelo Conselho de Segurança para se tornar o próximo secretário-geral da ONU, prometeu nesta quinta-feira que "servirá aos mais vulneráveis" com "humildade e gratidão" quando assumir o cargo.


[SAIBAMAIS]O ex-primeiro-ministro garantiu que servirá "às vítimas de conflitos, de terrorismo, às vítimas da violação de direitos [fundamentais], às vítimas da pobreza e das injustiças", durante um discurso na sede do ministério das Relações Exteriores português. "Para expressar o que sinto hoje, duas palavras bastam: humildade e gratidão", declarou, alternando sucessivamente do português ao inglês, francês e espanhol.

Elogiando "um processo transparente e aberto", agradeceu aos membros do Conselho de Segurança à "confiança" que depositaram nele. "Sinto a humildade de quem enfrenta desafios enormes em um mundo perturbado por problemas muito, muito sérios. Mas também a humildade de poder servir aos mais vulneráveis, às vítimas de conflitos e do terrorismo, às vítimas das violações de direitos, da pobreza ou das injustiças do nosso mundo", enumerou.

Guterres também quis "prestar homenagem" ao atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pediu a "todos os Estados-membros para apoiá-lo em suas iniciativas para garantir um êxito pleno nos últimos meses de seu mandato".

Guterres obteve nesta quinta-feira o apoio unânime dos 15 membros do Conselho de Segurança para se tornar o próximo secretário-geral das Nações Unidas, indicaram diplomatas, após uma reunião a portas fechadas.

Primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002, encarregado do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) entre 2005 e 2015, ele ficou em primeiro em seis votações informais celebradas pelo Conselho de Segurança. A nomeação deste socialista moderado de formação, de 67 anos, deve ser aprovada pela Assembleia Geral da ONU, algo que deve ser uma formalidade, antes de assumir suas funções, em 1; de janeiro de 2017.

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