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Farc abandona zona de concentração na Colômbia prévia ao referendo

Movimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ocorre após os colombianos rejeitarem nas urnas o acordo de paz firmado em 26 de setembro com o governo de Juan Manuel Santos

Agência France-Presse
postado em 06/10/2016 21:43

Guerrilheiros das Farc abandonaram nesta quinta-feira (6/10) a zona da Colômbia onde se concentraram antes do referendo que no domingo rejeitou o acordo de paz com o governo, informaram fontes humanitárias.

Os rebeldes regressaram "ao longo desta quinta-feira" para suas regiões de operação, em diversos pontos do país, a partir de El Diamante, nos Llanos del Yarí, no sul da Colômbia, onde há 13 dias concluíram a última conferência nacional das Farc, revelou à AFP o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR).

Todos os guerrilheiros "seguiram sem armas e à paisana", declararam as fontes, sem precisar o número e os tipos de veículos utilizados para retirar os rebeldes da região, a cinco horas da cidade de San Vicente del Caguán, região de histórica influência das Farc.

O movimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ocorre após os colombianos rejeitarem nas urnas o acordo de paz firmado em 26 de setembro com o governo de Juan Manuel Santos ao final de quase quatro anos de negociações em Cuba.

Antes do referendo, as tropas das Farc se reagruparam para iniciar seu deslocamento para as zonas de desarmamento previstas no acordo de paz.

O acordo previa que os 5.765 combatentes das Farc ficariam em 27 pontos definidos em todo o país para a entrega das armas e sua posterior reinserção na vida civil, em um processo supervisionado pelas Nações Unidas.

A retirada ocorre com base no cessar-fogo bilateral e definitivo em vigor desde o dia 29 de agosto, que será mantido mesmo com a rejeição do acordo de paz no referendo.

"Segue vigente, e seguirá vigente", declarou Santos no domingo sobre o cessar-fogo, logo após a vitória do "Não" no referendo.

O chefe supremo das Farc, Rodrigo Londoño (Timochenko), confirmou em Havana que as "frentes guerrilheiras em todo o país" cumprirão com a "necessária medida de alívio às vítimas do conflito, como foi acertado com o governo nacional".

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